segunda-feira, 31 de agosto de 2020

Janelas e fachadas

     Sempre que pinto um lugar que conheci ou gosto, procuro me impregnar das sensações ambientais.

     Pesquisando sobre este lugar, descobri que a luz é matinal e o sol bate de trás do espectador. Como licença artística, para não só copiar uma foto, resolvi abrir um pouco as janelas, para deixar mais convidativo. Para a casa do meio, deixei a folha da esquerda na posição em que estava, para valorizar a luz direta, e a da direita abri totalmente, para depois trabalhar a abertura e as vidraças, mais interessantes, o que cria uma certa curiosidade sobre as pessoas que vivem ali. A mistura usada para a folha da direita foi azul cobalto + amarelo ocre + branco e um pouquinho de carmim. Na folha que fica frontalmente ao espectador coloquei bastante mais branco. Continuei trabalhando as sombras sobre a parede.

                                              
      Na casa em primeiro plano, o tom é ligeiramente diferente da do meio. Usei vermelho de cádmio +amarelo ocre e um pouco de azul ultramar com branco de titânio, para ficar mais avermelhada.

    Também na casa em primeiro plano abri uma folha da janela e coloquei como tom base um verde acinzentado obtido com verde esmeralda + vermelho de cádmio, sua complementar e branco de titânio. Fiz minha mistura de sombra anterior e pintei por baixo do umbral. Completei a folhagem das buganvílias em primeiro plano e um pouco de sua sombra.




sexta-feira, 28 de agosto de 2020

Pequenas peças de jardim


     Estas pequenas peças foram modeladas no início da pandemia, para aproveitar material e ocupar o tempo de reclusão. O elefantinho acima  foi feito em argila creme e esmaltado com três mãos de IN da marca Duncan. Pode servir como petisqueira ou vasinho para suculentas. O gansinho abaixo foi planejado para ser um pequeno regador. Modelado em argila vermelha e esmaltado com três mãos de amarelo da mesma marca. 

           

No clipe abaixo, funcionando como regador:




 

 

quinta-feira, 27 de agosto de 2020

Continuando os fundos


Aqui começo a marcação das janelas da casa intermediária com sombra natural e um pouco de branco, e pinto o fundo das folhagens das buganvílias mais próximas. A mistura é a mesma: azul ultramar, amarelo de cádmio e um pouco de vermelho de cádmio, sem o branco.


      Preencho os vãos deixados pelo verde com o tom de fundo das buganvílias mais próximas, que é o mesmo das anteriores, mas agora com o "permanent rose" adicionado para ficar mais vibrante.

      Na sequência, pinto a sombra da parede com a mistura anterior de azul ultramar + carmim de alizarina e amarelo ocre até chegar no tom mais neutro. Para o pilar branco na sombra uso azul cobalto com um pouco de amarelo ocre e branco de titânio.  Todos estes valores vão ser revistos e comparados após o preenchimento total da tela.


quarta-feira, 26 de agosto de 2020

Escultura cavalo-marinho

Cavalo-marinho- 45 cm altura


     Esta escultura foi modelada em argila para tirar  um molde de outra, em resina cristal, somente a face esquerda para servir de adorno de parede. Posteriormente resolvi fazer completa. Foi feito um molde de látex para ser invertido sobre uma cama de areia e prensado com argila. As peças foram coladas com barbotina e o corpo inteiro  queimado. Foi pintado a frio com tinta acrílica de exterior para ficar no tempo.

terça-feira, 25 de agosto de 2020

A base das buganvílias

Neste clipe tento mostrar os tons que uso para a cor da buganvilia  (spectabilis) É uma cor única na natureza e acredito que só pode ser obtida a partir do magenta, que é uma cor sintética relativamente recente, produzida a partir dos anos 30 com a descoberta da quinacridona. Era desconhecida pelos grandes mestres e mesmo  impressionistas. O carmim de alizarina que sempre foi usado é uma cor fria e azulada nas misturas, e o próprio magenta sozinho tende para o roxo. A mistura que faço parte do magenta ( bem escuro no começo do vídeo) com acréscimo de branco até chegar no valor ou tom. Como o tom ainda é arroxeado, acrescento um pouco de "permanent rose" (Winsor & Newton) e isto parece "acender" a cor.
     Com a mistura acima, marco todos os espaços deixados entre a folhagem que foi pintada anteriormente, também com pinceladas cruzadas, que criam uma certa textura. Nas buganvílias mais afastadas, uso o tom magenta sem o rosa e nas mais próximas acrescento esta cor.

     Antes de pintar a folhagem sobre a segunda casa, pinto o vão da primeira janela, com uma mistura de sombra natural e branco de titânio. Da mesma forma, vou preenchendo os espaços onde a planta sobe sobre a parede já pintada.

segunda-feira, 24 de agosto de 2020

Finalização dos passarinhos


      Os passarinhos foram queimados e as cores agora aparecem em seu tom verdadeiro e brilhantes. No orifício  que tem abaixo pode ser posto um suporte de ferro para colocar nas floreiras, numa base de madeira ou simplesmente expostos no lugar que melhor agradar.

 

sexta-feira, 21 de agosto de 2020

Telhado e folhagem

 

 
 
 
       No telhado em primeiro plano  as cores são mais vívidas. Uso laranja de cádmio+ amarelo ocre, amarelo ocre puro e amarelo nápoles puro, porque as telhas não tem coloração parelha. Procuro pintar seguindo as fileiras de telhas, começando com a primeira mistura e vou mesclando as cores para ter uma base heterogênea para a pintura detalhada depois.
 
      Nesta tela, particularmente, começo as sombras pela parte de baixo das buganvílias da esquerda, mais afastadas.Uso azul ultramar + carmim de alizarina + amarelo ocre com branco de titânio, para preencher toda a área de maneira solta, sem me preocupar muito com os riscos do desenho, só buscando a unidade das formas.

    

     Antes de marcar as folhas, pinto o fundo do portão da garagem com um azul acinzentado feito com azul ultramar e amarelo ocre e um pouco de azul cobalto, com branco de titânio. A base das folhas é um verde escuro, que obtenho com azul ultramar +amarelo cádmio e um pouco de vermelho de cádmio com branco de titânio para apagar um pouco a cor. Uso pinceladas cruzadas, que cobrem melhor e alcançam todas as áreas. Não há problema se invadirem um pouco a região das sombras. Tudo vai ser
revisto depois.

quinta-feira, 20 de agosto de 2020

Moinho de Mykonos

 

 
     Este moinho foi modelado em 2008, baseado numa diminuta lembrança de viagem, para servir de luminária. Foi feito em duas peças, como se vê abaixo, para facilitar a colocação da lâmpada.
 
 





                                                
                                                                                   
     Anos mais tarde, resolvi confeccionar as pás, conforme o modelo original, em algodão, para que funcionasse com vento. 

 
 
      Nos clipes abaixo vê-se o resultado da peça;


 

quarta-feira, 19 de agosto de 2020

Continuando as fachadas

 

     A segunda casa tem um tom salmão característico das casas provençais e tentei reproduzi-lo com uma mistura de carmim de alizarina, amarelo ocre e uma pitada de azul ultramar clareada com branco de titânio. As tintas que uso são da marca Winsor e Newton, inglesas, e muitas vezes o tom difere um pouco das nacionais. Na parede lateral com sol, coloquei branco de titânio com um pouco da mistura an terior com mais amarelo ocre. Esta parte mais tarde vai ser meio recoberta com buganvílias.

 

     Para a sombra projetada pelo telhado, usei minha mistura de azul ultramar, carmim de alizarina e amarelo ocre. O pincel é chato, para poder se amoldar melhor às linhas retas.Infelizmente minha câmera tem um problema de instabilidade que espero poder resolver no futuro.

terça-feira, 18 de agosto de 2020

Lagarto de Gaudí

 

   

     Esta é minha réplica do icônico lagarto de Antoni Gaudí, do parque Guell em Barcelona, realizada em 2009. O original é em mosaico e sempre me fascinou, mas não trouxe uma lembrança quando visitei. Anos mais tarde, minha amiga Verônica também visitou o parque  e trouxe uma bela pecinha de cerâmica de lembrança. Graças a ela, que me emprestou sua peça para modelo, consegui fazer a minha versão em terracota, pintada com a técnica que demonstrei antes. Foi feita originalmente para a borda de um chafariz, mas hoje enfeita as pedras de um canteiro. Mede 24cm largura por 13,5 de altura.


segunda-feira, 17 de agosto de 2020

Pintando o beiral e a fachada

 

     Aqui começo a pintura do beiral pelas telhas que são marcadas de maneira bem solta, para serem trabalhadas depois. Uso sombra natural com branco, por ser um tom mais frio, para a casa mais distante. Esta pintura é só um fundo de base para o trabalho que vem depois.

 

     A fachada da última casa é branca, mas na distância acrescento um pouco de azul ultramar e ocre e um toque de carmim. Na lateral da parede, onde bate o sol, uso branco com um pouco de amarelo ocre para simular a luz . A sombra projetada é uma mistura de azul ultramar, carmim e amarelo ocre que sempre uso nas sombras em maior ou menor proporção de cada uma. No momento de julgar as cores lado a lado, vi que ficou muito escura e então acrescento branco para clarear um pouco o tom.

sexta-feira, 14 de agosto de 2020

O vasinho guarda-chuva pronto

 

 
     O vaso é finalmente queimado e todas as cores ressaltam em seu tom verdadeiro. O brilho é conferido pela última camada de esmalte. Agora pode ser fixado em seu lugar definitivo (tem dois furos na parte posterior) e receber uma bela plantinha.

quinta-feira, 13 de agosto de 2020

A pintura dos telhados

 

  

      Aqui começo a pintura dos telhados, pelo que está mais longe. Como esta tela é de uma rua em perspectiva, minha tendência é começar do mais longe para o mais perto, do plano de fundo para o primeiro plano. A mistura usada para a base do telhado é sombra queimada mais branco (que é mais fria que o siena queimada) pois um pouco de branco  "apaga" a cor , mais um toque de azul, que sempre dá idéia de efeito atmosférico. As pinceladas, como podem ver, acompanham a direção das telhas, que vão ser trabalhadas depois. 
     Para as  clarabóias usei azul ultramar com amarelo ocre, que por serem complementares, dão um tom neutro e um belo cinza chumbo. Para a mais distante, acrescentei mais branco.
 


     Neste clipe, passo para a pintura do telhado da casa que está no meio, num plano médio. Acrescento mais amarelo ocre à mistura, para dar mais o tom de telha, porque está mais perto. Para os beirais, uso sombra queimada quase pura com um toque de branco.

quarta-feira, 12 de agosto de 2020

Escultura sereia

 

     Esta escultura foi realizada em 2011, para ser colocada em mureta de casa de praia. É o modelo original em terracota, que serviu de matriz  para o molde de outra, tirada em resina. Foi pintada com tinta acrílica e pó metálico para dar idéia de bronze antigo. Mede 44 cm altura (sentada) por 22 cm de profundidade. Acervo artista.

terça-feira, 11 de agosto de 2020

Continuando a pintura do céu

 

    Aqui está terminada a pintura do céu, na direção em que se aproxima do sol. O azul é levemente mais claro do que na foto abaixo, anterior. Foi acrescentado mais um pouco de branco à mistura.

 

     Na parte pintada anteriormente, o céu é levemente mais escuro no canto superior esquerdo.

    Abaixo disponibilizo a foto básica de referência para quem quiser acompanhar. 


segunda-feira, 10 de agosto de 2020

Os passarinhos terminados de pintar

 
     Depois de passadas duas mãos de cada cor, os passarinhos estão prontos para queimar. Ainda vai ser passada uma mão de esmalte antes de ir ao forno. As cores aqui tem um aspecto mate, e os tons pastéis  não representam o resultado final. Irão adquirir brilho e em alguns casos mudar bastante.
 
 

sexta-feira, 7 de agosto de 2020

Início da pintura

      Depois de estudar a posição do sol e verificar que provavelmente é um sol de tarde, pela inclinação das sombras, começo a pintura pelo canto superior esquerdo, conforme o costume ocidental de escrever da esquerda para a direita. A luz do ambiente também deve entrar pela esquerda, para não provocar a sombra da mão na tela enquanto se pinta. Embora não haja regras fixas de por onde começar uma pintura, a tradição é no sentido esquerda para direita e de cima para baixo, para não se borrar o trabalho já realizado.

     No vídeo abaixo, demonstro como começar a preencher o céu. Sempre faço mistura de azul ultramar com um toque de amarelo ocre e branco de titânio, o suficiente para conseguir o tom. Na observação da natureza o céu é mais claro na posição onde está o sol e clareia à medida que se aproxima do horizonte. Começo com tom mais escuro acima e à esquerda e mais claro à medida que se aproxima dos telhados das casas. Peço desculpas pela instabilidade do cavalete nas primeiras tomadas.

 

     No vídeo seguinte, começo a marcação dos pinheiros atrás das casas. Este estágio é apenas um esboçar das cores e formas, sem detalhes. Minha mistura para verdes é sempre com azul ultramar e amarelo cádmio com um  toque de vermelho para o fundo das copas. Como as árvores estão num plano atrás das casas, acrescento um pouco de branco na mistura para abaixar o tom e dar idéia de distanciamento.


 

quinta-feira, 6 de agosto de 2020

Negra masai



     Este busto foi uma de minhas primeiras esculturas, baseada numa talha de madeira africana, quando ainda não tinha noções de anatomia. Foi modelada em argila branca e pintada com dois tipos de esmaltes de efeito, que deram variedade à obra. Acervo artista.

quarta-feira, 5 de agosto de 2020

Nova tela

     Não conheci Porquerolles, mas sei que a ilha tem buganvíleas maravilhosas, uma das árvores que sempre gostei de pintar. Tenho esta foto há alguns anos e com a ajuda de referências da Internet vou tentar reproduzir a beleza de uma rua ensolarada.
     Sempre pinto minhas telas sobre uma imprimação ocre, dificilmente direto sobre o branco, pois como dizem, o branco assusta na hora de iniciar uma pintura. Na foto abaixo, usei tinta ocre acrílica bem diluída, passada com pincel bem largo. Por cima foi feito o desenho a lápis, à mão livre.


     Por cima do desenho, repasso tudo de maneira bem solta, apenas para situar as formas, com azul ultramar bem diluído em terebintina, com pincel filete, como no clipe abaixo:


     Na foto em seguida, o esboço já pronto para pintar.



terça-feira, 4 de agosto de 2020

Pintura das folhas e caules



     Terminando os relevos do vasinho guarda-chuva, demonstro aqui como faço a pintura das folhas e dos caules, usando uma cor mais clara para as partes de luz e uma mais escura para as partes sombreadas, tentando mesclar no meio. Uso pincel filete que carrega bastante tinta e corre melhor pelas imperfeições da cerâmica modelada. Após tudo retocado, a peça será coberta por uma demão de esmalte transparente, como no vaso anterior e levada para a queima.

segunda-feira, 3 de agosto de 2020

O vaso queimado

     Finalmente, após a esmaltação, o vaso é queimado.


      Na primeira parte do vídeo, aparece o vaso com as cores originais e na segunda parte com o brilho conferido pelo esmalte e as cores realçadas. Queimo minhas peças no ateliê de Vera Barrionuevo Costa, com quem compartilho a alegria deste resultado maravilhoso!

sábado, 1 de agosto de 2020

Como postar comentários pelo celular

     As pessoas me perguntam como colocar os comentários, já que a maioria acessa por celular e não parece tão fácil como pelo PC ou Notebook.
    Para deixar um comentário, tocar em "Postar um comentário", que aparece abaixo da postagem, como na imagem



     Abre uma janela em branco para a postagem do comentário ,como na imagem abaixo, e depois de digitar, é preciso confirmar em "Publicar", para que o texto seja carregado no blog.


     Para rolar para as  postagens anteriores, clicar no retângulozinho branco à direita, como aparece na primeira imagem acima.