quinta-feira, 29 de outubro de 2020

Finalização da tela


     Com misturas feitas com sombra queimada e amarelo nápoles, traço com pincel filete as delimitações das lajotas, sem muita exatidão, apenas sugerindo. Refaço a mistura de amarelo nápoles, siena queimada e branco para ajustar o tom da calçada em primeiro plano. Na sombra, com um tom   feito com azul ultramar, sombra natural e branco, defino os troncos da planta que saem junto à parede e puxo algumas folhas com verde médio. Faço as lajotas da mesma forma que na calçada anterior. Com mistura feita com siena queimada e amarelo nápoles redefino o meio-fio e delimito com filete e tom escuro a junção com a rua.


     Como último detalhe, coloco as inflorescências da planta com branco misturado com um pouquinho de cinza para as mais distantes e com amarelo nápoles para as mais próximas. O pincel pode ser filete ou redondo com a ponta bem carregada de tinta e apenas bater levemente aqui e ali. Conforme maior ou menor pressão as flores saem mais claras ou mais apagadas, para se ter variedade.

     Aqui termina esta demonstração, com o mês de outubro. Agradeço  a quem me acompanhou e gostou e peço excusas a quem achou monótono ou muito longo. Foi um compromisso diário para tentar conviver com a pandemia que assola a humanidade e não parece terminar tão breve.

     Continuarei com a escultura a quem interessar, de maneira mais espaçada. E continuarei postando meus trabalhos à medida que for realizando, dependendo do tempo e vontade. 

quarta-feira, 28 de outubro de 2020

Colocação do cabelo


     Acerto os ombros e o pescoço antes de colocar os cabelos.Faço um risco no meio do crânio para marcar a linha dos cabelos e com pequenas porcões nas dimensões das mechas começo a colocar em volta da coroa. Uso plastilina mais clara para facilitar a visualização. Com dois rolinhos torcidos coloco na base da coroa das têmporas em direção às orelhas para simular o cabelo torcido e procuro acertar o volume.


     Coloco  uma plaquinha de cerca de 0,5 mm no centro da coroa em direção à nuca e ao decote para marcar o comprimento do cabelo. Vou colocando mechas levemente torcidas em direção às orelhas e depois acrescendo o cabelo torcido até o centro da parte de trás da cabeça.

 

terça-feira, 27 de outubro de 2020

O banco e as sombras


     Refaço a mistura do cinza do banco com azul cobalto e amarelo ocre e um pouco de azul ultramar e bastante branco para chegar no tom. Retoco todo, acertando a perspectiva e alguns detalhes do desenho.

Com a mistura da parede corrijo partes da estrutura do banco.


     Com tinta escura, feita com a mesma mistura sem branco e pincel filete pinto à mão livre os ferros inferiores da cadeira . Clareio a calçada com mistura de amarelo nápoles e um pouquinho de siena queimada e também de azul ultramar e bastante branco. Para as sombras inferiores, ao lado da cadeira, refaço a mistura de azul ultramar, carmim e amarelo ocre e refino o desenho. Abro espaços na própria sombra com a luz da parede para desenhar a forma da planta projetada.


     Clareio com bastante branco a mistura de base da rua e passo com pinceladas largas, depois intercalo com um pouco de siena queimada para quebrar o frio do cinzento. Para o tufo de vegetação que nasce entre as lajotas uso um verde mais acinzentado, partindo do azul cobalto . 

Um toque especial para dar vida ao chão  monótono  é a colocação de flores espalhadas pelo vento. Faço o fundo com magenta puro e um pouco de branco e as luzes com branco com toques de magenta e rosa permanente. Depois estendo as sombras levemente com lilás. Corrijo a sombra e a perna da cadeira

segunda-feira, 26 de outubro de 2020

Modelagem dos pés e do vestido


     Aqui começo a dar acabamento ao pé esquerdo, fechando o orifício do arame e arredondando melhor as formas ao lado da depressão central e acentuando os sulcos dos dedos. Coloco um pouco de plastilina para aumentar o volume do calcanhar.


     Refino também o tecido da cauda do vestido, cujas dobras ainda estão muito grossas  e acerto as depressões e contornos. Com dia frio é preciso usar calor para a plastilina fluir melhor.

   Depois de colocar mais uma dobra com rolinho, destaco o pé direito para  trabalhar melhor a curvatura e o calcanhar.


sexta-feira, 23 de outubro de 2020

Finalizaçao da bicicleta e sombras


      Reforço os ferros da bicicleta com cinza bem claro com pincel filete. Para as manoplas e selim uso um marrom feito com sombra queimada e branco de titânio e ilumino com a mesma mistura mais branco. Para o pedal uso gris de Payne e contorno a sombra da roda traseira com o mesmo. Clareio a calçada com misturas de amarelo nápoles, siena queimada e branco e toques de azul cobalto.


     Completo a sombra da janela com azul ultramar+ carmim  e amarelo ocre. Faço o galho saliente com o verde escuro (azul ultramar+amarelo de cádmio) com pincel filete e uso o mesmo para marcar as sombras na parede. Uso minhas misturas de verdes anteriores para traçar as folhas aleatoriamente e marcar as partes de luz. Misturo magenta com um pouco de branco e dou toques de flores ao longo do galho.

     Volto a fazer a mistura da sombra do portão e acrescento em partes que faltaram e também aumento porções de galhos que se projetam para fora com os mesmos verdes. Para a sombra da calçada reduzo o carmim e substituo com sombra natural.

quinta-feira, 22 de outubro de 2020

Continuando o vestido


     Aqui continuo colocando mais plastilina na parte esquerda onde faltou, e na parte direita para fazer o volume da blusa sob o braço.


     Desbasto as dobras que ficaram muito grossas, procurando mais fluidez no tecido. Aliso tudo com boleador e pincel de silicone, sempre passando óleo mineral.


     Continuo modelando a saia sobre o joelho direito, fazendo pequenas ondulações de tecido com a ajuda de estecas e acerto o movimento da barra em direção ao pé esquerdo que prende o tecido. 

quarta-feira, 21 de outubro de 2020

Bicicleta e vaso


     Refiz o desenho das rodas da bicicleta de maneira rápida com um cinza chumbo feito com azul ultramar e amarelo ocre e reforcei a área das sombras.  Com pincel filete carregado e muito cuidado, tento fazer a roda a mão livre com uma mistura mais clara da cor acima. Com um tom quase branco delineio as partes de luz. Marco o centro das rodas a olho e faço os raios de maneira bem solta, sem marcar um a um, apenas sugerindo as partes principais, usando maior ou menor intensidade nas pinceladas. Com o mesmo pincel marco o lugar dos ferros do selim e do guidão.


    A buganvília do fundo se estende até o chão e volto a trabalhar nela sobre a sombra, com as mesmas cores de magenta que foram usadas no início. Reforço a cor da porta que se vislumbra na sombra com azul cobalto e amarelo ocre. Acerto a parede ao lado direito do vaso e faço como no anterior, usando as cores amarelo nápoles e siena queimada para os contornos.


     Faço o fundo da planta do vaso com azul ultramar e amarelo de cádmio e as partes em luz com amarelo de cádmio + um pouco de azul ultramar e branco. Para as flores apenas faço manchas vermelhas como se apresentam, de maneira bem impressionista, usando vermelho de cádmio médio.

terça-feira, 20 de outubro de 2020

A blusa nas costas


     Antes de começar a blusa nas costas, acerto as dobras do decote caído no ombro. Coloco uma plaquinha de plastilina, mais ou menos nas dimensões das costas sobre o dorso e prenso bem. Corto o excesso sobre a linha previamente colocada do decote e aliso bem procurando dar a fineza do tecido. É preciso desbastar muito para chegar quase na pele.


     Completo a parte que faltou com outra placa sob a axila direita e trabalho este local. Faço o mesmo na lateral esquerda e acerto em direção ao busto. Coloco mais plastilina amolecida nas dobras do ombro esquerdo para dar mais volume ao tecido.

segunda-feira, 19 de outubro de 2020

Vaso em primeiro plano


     Para os vasos da composição, deixei propositalmente o tom da imprimatura, por ser quase a mesma cor que vou usar na pintura. Uso amarelo nápoles + branco de titânio para cobrir, seguindo o movimento das curvas. Para a parte sombreada uso um pouco de sombra natural na mistura na esquerda, e na direita, que é coberta com as sombras da árvore, aumento a quantidade. Para a base da planta uso meu verde escuro feito com azul ultramar e amarelo de cádmio.



     Para fazer a sombra das folhas que se projeta sobre o vaso uso o próprio sombra natural, que é uma cor fria clareada com um pouco de nápoles e desenho diretamente com o pincel. Depois, com o tom do vaso, abro luzes na própria sombra. Isto precisa ser feito com muita delicadeza, senão a tinta pode puxar o tom de baixo e borrar não ficando pura.

O verde claro das folhas é feito com amarelo de cádmio esverdeado com um toque de azul ultramar. Para as flores uso o vermelho de cádmio médio como foi feito com as buganvílias, sendo o tom mais escuro mesclado com siena queimada . Para as flores na sombra uso toques desta mistura. Clareio a calçada com amarelo nápoles e branco e um toque de azul ultramar.


sexta-feira, 16 de outubro de 2020

Colocação do vaso


     Para o acabamento do gargalo, umedeço com óleo mineral e desbasto em volta com esteca raspadeira. Acerto as bordas com estilete para nivelar


      Coloco a mão esquerda, mostrada anteriormente, no antebraço, com a palma voltada para cima e fixo com um pedacinho de arame na coxa. Coloco mais um pedaço de arame no centro da palma para apoiar o vaso. Amoleço com secador, pressionando os dedos contra a parede do vaso e acerto as bordas do gargalo. Coloco a mão direita sobre ele e trabalho a junção do pulso e o antebraço. Coloco também um pedacinho de arame para fixar a mão na parte de cima do vaso.

quinta-feira, 15 de outubro de 2020

Continuação da janela


      Como as janelas dessas casas antigas são recuadas, passo uma camada horizontal de cor da parede para dar este recuo, e pinto as duas travas da folha aberta, com cor mais clara. Apago o desenho anterior das vidraças e começo nova sessão, pintando as molduras com um branco apagado feito com o acréscimo de azul cobalto e amarelo ocre. Pinto as partes mais largas com pincel chato e as mais finas com filete bem carregado e o auxílio de um tento, porque é muito difícil fazer as linhas retas à mão livre. Com sombra natural acrescentada à cor base pinto a parte em sombra de baixo das travas. Com sombra natural clareada com um pouco de branco, passo nas vidraças para sugerir as cortinas interiores.


     Continuando, com a mistura quase branca, faço a linha superior de luz das travas e pinto os cravos com pincel filete em movimentos rotatórios. Com a mesma cor escura acima, faço semicírculos à esquerda para indicar a sombra.

quarta-feira, 14 de outubro de 2020

Frente da blusa e cântaro


     Antes de colocar definitivamente os braços trabalho todas as dobras da blusa, tentando refinar o tecido. Em dias frios a plastilina é mais difícil de modelar. 

     Em seguida modelo o cântaro que vai ser colocado no colo e sustentará os braços. Para isso usei um pequeno vidro de conserva grego, de onde tirei um meio molde de gesso. Com uma placa de plastilina com cerca de 0,5 mm prensei duas partes separadamente sobre o molde e uni para formar o vaso, como visto nas fotos abaixo:



       Depois trabalho todo o modelo, alisando e tirando as imperfeições e aumentando as alças que não saíram perfeitas.




terça-feira, 13 de outubro de 2020

Telhado e janela primeiro plano


     Pinto o resto do telhado com as cores que já tenho preparadas, usando os tons aleatoriamente e separo as fiadas com sombra queimada e pincel filete. Na junção da chaminé uso um cinza chumbo feito com azul cobalto e amarelo ocre. Arremato a cumeeira com pinceladas laterais.


     Julgando melhor os valores, achei que faltou contraste entre a sombra e a parede. Reforcei o tom da sombra sob as telhas e refiz o tom da parede para mais claro, usando o mesmo vermelho de cádmio com amarelo ocre e um pouco mais de branco de titânio. Começo a pintar sobre a janela, modelando o ondulado das telhas . Refaço também para mais claro o tom das janelas, com verde esmeralda neutralizado com vermelho de cádmio e branco. Pinto com esta cor as duas folhas da janela, e clareio com branco a mistura para fazer as travas com pinceladas horizontais e pincel chato.

segunda-feira, 12 de outubro de 2020

Drapeado da perna esquerda


      Para trabalhar melhor, tiro o braço esquerdo e começo a modelar e aperfeiçoar as dobras da saia sobre a perna esquerda. Acrescento material onde precisa mais volume e aliso tudo com pincel de silicone ou boleador.

      Aqui continuo trabalhando a parte inferior, corto o excesso da cintura e reposiciono as pregas da blusa.

quinta-feira, 8 de outubro de 2020

Continuação das buganvílias


Com as três cores preparadas vistas na foto, começo a modelar diagonalmente as telhas, uma a uma. Com sombra queimada e um pouco de branco, sugiro os semicírculos da junção das telhas e arremato as bordas da primeira fiada .Com amarelo nápoles e pincel fino coloco a parte em sol das telhas que ficam por baixo, e também clareio os beirais.


     Usando  a referencia de outras fotos, começo a prolongar a buganvília por cima do telhado. Uso as mesmas cores e pinceladas já descritas anteriormente tanto para a folhagem como para as flores.

     Pinto as folhas claras com toques de pincel redondo ao longo das folhagens e entre as flores. Com o pincel filete faço o último galho que se projeta sobre a chaminé.


quarta-feira, 7 de outubro de 2020

Parte de trás da saia


      Continuo acertando os encaixes sob a coxa. Retiro uma das dobras de trás para escavar mais o lugar e volto a colocar para trabalhar melhor. Com pincéis de silicone aliso ao longo das dobras para fundir e reduzo o que está muito alto. Continuo refinando do outro lado do quadril. 

     Coloco um rolinho de um lado a outro das nádegas, porque o tecido tem a tendência de esticar nestas protuberâncias. Aliso e fundo com instrumento de metal, para mais tarde trabalhar definitivamente.

terça-feira, 6 de outubro de 2020

Buganvilias primeiro plano


     Começo aumentando o fundo das buganvílias entre as janelas com tom escuro, para deixar a forma mais leve. Com a pesquisa de novas fotos, vi que a planta cresceu em muitos anos e se expandiu sobre o telhado da direita. Então começo a cobrir esta parte, sem me ater muito à foto original. Uso pincel redondo e continuo colocando os tons médios, para depois dar as luzes, como já descrito anteriormente. A diferença é que aqui, por se tratar de primeiro plano, as cores são mais vibrantes, puras sem muito branco. Não é necessário seguir à risca o desenho, desde que a colocação dos tons dê o volume almejado.


     Sempre na busca da profundidade, volto com o tom escuro entre as flores de tom médio. Com o tom mais escuro faço "nascer" flores onde não existiam para prolongar a floração da planta, e então cubro com os claros, formando novos volumes de flores.

     Com pincel redondo, faço uns detalhes de folhas com a tinta mais clara e continuo descendo e ampliando o pé de buganvília com o tom de base e depois colocando os médios e as luzes, como já foi feito acima.

     Nas fotos abaixo, as cores preparadas para esta etapa:



Para as folhas: tom escuro: azul ultramar + amarelo de cádmio puros

                        tom médio: a mesma mistura com mais amarelo

                        tom claro : a mesma mistura, partindo do amarelo e esverdeando com um pouquinho de azul.

Para as flores: tom escuro: magenta puro com um pouco de branco

                        tom médio: a mistura acima com mais branco

                        tom claro : branco de titânio com um pouco da mistura acima   

     Aqui, por se tratar de primeiro plano, uso as cores puras , sem neutralizar com as complementares.


segunda-feira, 5 de outubro de 2020

Aumento da saia


     Desbasto ao redor da nádega direita e coloco rolinhos para as dobras da saia. O secador ajuda a amolecer o material. Aliso com um pequeno boleador a parte interna das dobras, em contato com a perna.

     Resolvi fazer a saia mais longa para cobrir o joelho e coloco nova porção de massa. Volto para o encontro da coxa e trabalho as dobras ali. Com o boleador, escavo pregas junto à cintura, para começar a modelar o franzido. 

    

     Com pedaço de saia previamente modelado, cubro a pedra com a plastilina e encaixo sob o pé esquerdo.  Amoleço mais a plastilina e trabalho as dobras com esteca de madeira. Com a ponta da esteca corto o excesso da saia fazendo as curvas. Continuo acertando e modelando as dobras. Com uma tesoura, corto um triângulo para inserir na parte interna entre as pernas que ficou sem tecido e aliso sobre a pedra fundindo com a outra parte.

sexta-feira, 2 de outubro de 2020

Janela superior e sombras da inferior


     Reforço a textura das paredes com novas pinceladas e redefino a luz das janelas com amarelo nápoles e branco. Repasso também o marrom interior das janelas com sombra natural e um pouquinho de branco. Com um tom um pouco mais escuro faço o parapeito saltado da janela e coloco as sombras projetadas pela planta à direita.


      Com a sombra mais escura também do lado direito da janela, aprimoro as formas. Com o mesmo azul da folha da janela abro luzes no meio da sombra com pincel filete bem carregado, e faço o mesmo sobre a sombra da direita com o tom claro da parede. Marco a trave da janela e faço como o portão, com um tom escuro, um médio e um claro onde bate a luz.

quinta-feira, 1 de outubro de 2020

Continuando a saia


     Aqui coloco rolinhos sobre a parte franzida da cintura para fazer as dobras. Acerto a lateral da coxa esquerda com mais massa, fundindo tudo. Arredondo a parte do tecido sob a coxa, porque resolvi  fazer o volume do vestido para a direita. Aumento um pouco para a frente a parte esquerda da saia.


     Aumento também a parte direita da saia. Corto a plastilina excedente em direção à coxa e começo a alisar as formas. Tiro o excesso com a esteca raspadora. Ajusto por baixo da coxa a sobra de tecido e coloco mais massa sobre o pé para dar continuidade à saia. Continuo colocando mais volume e embutindo embaixo do corpo.