quarta-feira, 30 de setembro de 2020

Sombras e buganvilia


     Comparando os valores, decidi escurecer um pouco a sombra lateral da janela. Também reforço a cor da parede para dar o contraste, e completo as sombras da direita.

Refaço o verde da parte sombreada da planta à esquerda e começo a colocar o verde médio com pincel redondo, e com pincel chato bem carregado do tom claro,  dou as luzes aleatoriamente, em várias direções tentando sugerir a posição das folhas. Continuo com pincel filete para obter pinceladas mais finas.


     Neste segmento pode-se ver perfeitamente como a luz artificial muda as cores da tela, na continuação da mesma etapa. Sigo fazendo os pontos de luz até ficar satisfeita, e volto com tons mais  escuros para desfazer alguns acúmulos de claros. 

     Com vermelho de cádmio médio puro marco algumas flores aqui e ali e depois dou as luzes onde precisa. Faço a mistura para o banco com um gris levemente azulado, feito com azul cobalto ,amarelo ocre e bastante branco e pinto o assento e encosto, assim como os ferros e pés. Coloco a sombra por trás do banco com a mesma mistura do lado da janela.

terça-feira, 29 de setembro de 2020

Laterais e parte de trás da saia


     Continuando a colocação da saia, trabalho o lado esquerdo, pondo mais plastilina para completar as dobras. Na lateral direita também coloco mais material e vou acertando em direção à coxa.


     Para a parte de trás, começo com uma lâmina de plastilina um pouco franzida na cintura, como uma saia real, e coloco sobre as nádegas, fazendo aderir bem, para delinear a musculatura. Como está muito seca, uso secador quente para amolecer e poder trabalhar com a esteca, amoldando em várias direções. Corto os excessos e prenso por baixo o que precisa no encontro com a "pedra".

 

segunda-feira, 28 de setembro de 2020

Buganvílias e janela


     Com as mesmas cores que usei anteriormente, continuo pintando a folhagem e as flores da buganvília do centro, com pincel redondo. O "close" demasiado distorceu um pouco os tons. 

  


     Com o tom da parede arremato a borda superior da janela. Para a moldura branca das janelas, não uso nunca o branco puro. Uso uma mistura de branco de titânio "sujo" com um pouco de neutro feito com azul cobalto e amarelo ocre. Pinto as molduras verticais com tento e pincel chato. Com a régua e com cuidado sobre a tinta úmida marco a divisão das três partes para fazer as linhas horizontais. O peitoril da janela é feito com a mesma mistura da parede.

 Para representar a cortina de dentro, ao invés de passar branco puro, misturo o branco com um toque do tom de fundo, sombra natural. Isso dá a ideia da transparência das cortinas. Para a parte da bainha acrescento mais branco e faço as pinceladas horizontais. Nas partes onde o vidro é transparente, dou alguns toques com um rosa feito a partir do magenta e um pouco da mistura das cortinas, só para sugerir alguma coisa não identificada, por dentro.

sexta-feira, 25 de setembro de 2020

Montagem da saia



 
     

     Depois de acertar um pouco o local onde vai ser feita a junção, coloco uma lâmina de plastilina com algumas dobras já prensadas para encaixar sob a blusa, na parte direita. Trabalho sua aderência ao corpo, modelando já os drapeados, que ainda estão um pouco grossos, e corto o excesso sobre o joelho com um estilete.  Existe um limite para conseguir esticar a plastilina (cerca de 2mm ), que poderia ser mais fina. O uso da plastilina de outra cor também ajuda na visualização. 


     Em seguida, começo a colocar dobras mais finas com rolinhos que consigo com a ajuda de um extrusor. Esses rolinhos vão sendo colocados e prensados sobre a base para formar as ondulações do tecido. Passo depois para o lado esquerdo, colocando a plastilina em camadas que deem  ideia das outras dobras. Numa segunda etapa tudo vai ser refinado.

quinta-feira, 24 de setembro de 2020

Telhado do meio


     Como as telhas artesanais não tem todas a mesma cor da argila, como vejo pela foto, criei três tons principais e mais claros para pintar sobre a base. Da esquerda para a direita, sombra natural +branco de titânio, siena queimada + branco de titânio e amarelo ocre+ branco de titânio.


     Com um pincel "liner" e cor clara feita com amarelo nápoles e branco, traço a linha do final das primeiras telhas, sobre o desenho feito a lápis por cima da base. Depois a segunda, e assim sucessivamente. Para isso uso o tento, porque é preciso muita firmeza na mão. Com um pincel chato na largura das telhas começo a pintar na direção destas linhas com pinceladas diagonais, usando as tintas já preparadas aleatoriamente, seguindo mais ou menos as cores da foto.

     O cordão de nylon que aparece abaixo coloco às vezes como orientação para marcar a linha do quadriculado do desenho, quando preciso fazer ajustes. 

     Depois, com pincel "liner" carregado de sombra queimada e um pouco de branco, sugiro o arco das telhas uma a uma mas sem muita precisão. Na segunda fiada de telhas faço a mesma coisa, intercalando as cores aqui e ali.

     

Como feito no beiral da casa anterior, arremato  de novo o escuro das telhas, desta vez com sombra queimada , que é mais quente e aproxima mais. Também marco uma linha no centro da parte em sombra para posteriormente pintar as duas carreiras de telhas de suporte.


quarta-feira, 23 de setembro de 2020

Lateral da blusa


      Tirei o antebraço para poder trabalhar melhor e continuei o drapeado da blusa na lateral direita. Também cortei o excedente da lâmina de tecido na altura da cintura. Em dias frios a plastilina é mais difícil de trabalhar e preciso aquecer ou untar para as estecas deslizarem melhor. As dobras vão se posicionando e dando idéia da fluência do tecido.

terça-feira, 22 de setembro de 2020

Buganvílias vermelhas

  As flores da buganvilia da casa do centro são vermelhas e preparei as misturas da foto acima para pintá-las. 1- vermelho de cádmio médio + siena queimada para os escuros ou na sombra 2- vermelho de cádmio médio puro para os tons médios 3- vermelho de cádmio médio com bastante branco para as luzes.

Começo pintando o tom mais escuro por toda a base já seca, de maneira bem solta e aleatória, tentando representar as concentrações de flores. Depois parto para o tom médio e vibrante das buganvilias, da mesma forma e finalmente dou as luzes com o tom bem claro, com o pincel bem carregado e com leveza para que a tinta fique por cima e não misture com a anterior.



      Para as folhas, preparo como anteriormente três tons de verde, um bem escuro com azul ultramar e amarelo de cádmio, a mesma mistura partindo do amarelo para o azul para ficar mais clara e ser um tom médio, e a mesma acrescentando mais amarelo e branco para usar para as luzes. Procuro dar pinceladas que simulem as folhas em todas as direções, algumas terminando em ponta, outras simplesmente depositadas, para dar o movimento desigual da folhagem. 

     Finalmente, refaço a mistura da sombra da casa e dou pinceladas diagonais sob as flores para indicar sua projeção na parede. Ao mesmo tempo com o tom da parede abro alguns espaços no meio das sombras e das folhas. 

                                       




segunda-feira, 21 de setembro de 2020

Drapeado da blusa


     Para continuar a blusa, faço uma lâmina de plastilina bem fina de cerca de 2 mm, com rolo, e coloco sobre o torso, como se fosse o tecido da blusa, e começo a prensar rolinhos finos que simulem as dobras.


     Sobre a parte lisa  continuo colocando as dobras , prensando, modelando e tirando os excessos , pretendendo fazer um tecido bem solto, inspirado em esculturas antigas gregas. Quanto mais finas as dobras, mais a transparência do tecido. Tudo vai ser suavizado mais adiante.

sexta-feira, 18 de setembro de 2020

Pintura do portão


     Com a mistura já feita para a parede, de carmim de alizarina + amarelo ocre+branco e um pouco de branco, pinto a barra ao lado do portão da garagem. Sobre a base já feita, uso a mesma mistura de azul ultramar+ azul cobalto+amarelo ocre com bastante branco e pinto com pincel filete as tábuas verticais. No começo tento à mão livre, mas para que as linhas sejam bem paralelas, uso o tento para apoiar a mão. O fundo serve como o escuro entre as tábuas e a nova cor é a cor real do portão, que é um azul acinzentado.  


     Reavaliando o desenho, traço as traves provisoriamente a lápis e pinto com a cor clara. Depois uso com bastante mais branco para a parte onde bate a luz e com a mistura de base sob estas traves para simular a sombra. 

     Na seqüencia, preparo um tom de sombra, desta vez com azul cobalto para acompanhar o tom mais azulado do portão +amarelo ocre e carmim, e pinto à mão livre e diagonalmente a sombra projetada nele das buganvílias que estão por cima.

quinta-feira, 17 de setembro de 2020

Modelagem da blusa


     Na modelagem com argila ou plastilina é possível "vestir" um corpo despido, partindo de dentro para fora, o que na escultura em mármore é o contrário, de fora para dentro. O belo destas esculturas é que se aproveita o corpo já modelado e vai-se acrescentando o "tecido" através das dobras ou pregas que revelam as formas.

     Começo pelo decote de uma blusa solta, com rolinhos que vou prensando e acertando sobre o material já modelado.  Conforme o volume destes rolinhos consegue-se a idéia do tecido mais fino ou fluido, assim como mais grosso. Como a plastilina foi reutilizada, como já disse, é preciso amolecê-la um pouco com secador de cabelo e óleo mineral.

quarta-feira, 16 de setembro de 2020

As primeiras buganvílias

      Para pintar as buganvílias da casa do fundo uso magenta puro, porque é um tom azulado e afasta. Uso puro nas partes escuras, nas partes médias com um pouco de branco e nas luzes ou claros, bem saturado de branco. Na foto abaixo a preparação destes três tons:



     Começo a pintura pelo tom médio, que é sempre o tom real da flor e vou cobrindo a base com pinceladas soltas e aleatórias, procurando fazer tufos de flores em vários sentidos. Nos locais onde é mais escuro e onde há sombra uso o magenta puro para definir melhor essas flores.


      Com o tom bem claro, preparado a partir do branco de titânio com pouquíssimo acréscimo de magenta, obtenho o tom das luzes que vou batendo aos poucos e uniformemente, só nos lugares onde a luz bate direto, para conseguir a ilusão tridimensional dessas concentrações de flores. O objetivo não é pintar flores uma a uma, mas formas que representem o volume, como se fosse uma modelagem das  formas.         

     Para as folhas uso a mistura de azul ultramar com amarelo cádmio (esquerda) e com bastante amarelo e mais branco (direita) para os claros.

          Começo com o tom mais escuro esboçando formas nas zonas mais escuras e depois com a mistura mais clara vou pontilhando folhas aqui e ali em várias direções, para sugerir a incidência de luz. Abaixo esta parte da tela completada:





terça-feira, 15 de setembro de 2020

A modelagem das mãos

      As mãos do modelo são feitas à parte. Para tirar novas mãos em plastilina, uso o molde de silicone que já tenho, e verto dentro dele, como no vídeo abaixo, a plastilina derretida, que tem esta vantagem de funcionar como uma barbotina de cerâmica. Endurece rapidamente e pode ser tirada a peça com muito cuidado para não quebrar os dedos, já que mede cerca de 4 cm .


     Depois de tiradas as duas mãos, trabalho cada uma delas para acertar as rebarbas e refinar a anatomia. Sendo flexíveis, depois de colocadas nos pulsos, pode se dar a elas a forma gestual que se quer.



segunda-feira, 14 de setembro de 2020

Pintura dos beirais e das janelas


     Para marcar a tripla fiada de telhas que há sob o telhado da última casa, misturo sombra natural com um pouco de branco de titânio para que a cor não salte muito e marco à mão livre duas linhas paralelas  onde serão encaixadas as telhas. Não faço o desenho muito perfeito, apenas o suficiente para que reproduza sua ondulação, já que é uma pintura muito repetitiva. Depois, com pincel filete bem carregado de amarelo nápoles, marco aleatoriamente lugares onde a luz bate um pouco, para dar a idéia do arredondado das telhas.


     Para reproduzir a cor do branco das molduras caiadas na sombra, uso branco de titânio sempre "sujo" com uma mistura de azul ultramar ou cobalto com um pouco de carmim e amarelo ocre para neutralizar. O branco nunca deve ser usado puro, somente em locais de luz intensa e mesmo assim com um pouco de amarelo ocre ou nápoles. Esta mistura é passada só na zona de sombra. Depois faço a parte em sombra sob a moldura da janela com sombra natural atenuada com branco, apenas uma ligeira marcação em "L" invertido. Reforço a passagem das folhas das janelas com um tom de azul cobalto, amarelo ocre e branco e a parte em que a luz bate direto com branco de titânio e um leve toque desta mistura, para que haja o contraste suficiente de tonalidade que indique a luz.

sexta-feira, 11 de setembro de 2020

Colocação da cabeça


     Como já tenho uma cabeça tirada no molde do protótipo, com a plastilina revestindo o crânio, resolvi aproveitar nesta nova peça. Na primeira colocação vejo que o pescoço está muito longo por causa do local onde foi feito o corte anterior e diminuo um pouco tanto no tronco como na cabeça. Depois de inserir no suporte de ferro, acerto tudo com esteca de madeira.

                                              


      À medida que vou modelando, vai surgindo a imagem do que vai ser a escultura. Pesquisando na Internet resolvi deixar a idéia de de uma jardineira com flores para optar por uma figura mais clássica com vaso de água. Sendo assim, os olhos vão estar voltados para a atividade de jorrar a água e resolvo fazer que sejam fechados e voltados para baixo. Fecho os olhos com esteca de madeira e reduzo também parte do crânio que estava muito grande por resquícios de outro uso.

quinta-feira, 10 de setembro de 2020

Pintura do telhado


     Sobre a base já seca do telhado, marco a lápis a fiada horizontal das telhas para não me perder na hora de pintar. Baseada na foto misturei três tons básicos de telha: um mais neutro tendendo para o sépia, com sombra natural e branco; outro mais alaranjado com laranja de cádmio, branco e um pouco de azul ultramar e mais um amarelado partindo do amarelo ocre com branco.

     Pinto as telhas de maneira solta, em diagonal, mesclando estes tons, sem me fixar muito na foto.


      Reforço a separação das telhas com traços de uma mistura de sombra queimada com um pouco de branco. Acerto também os beirais um a um dando o formato da telha . Redefino as linhas das clarabóias com um tom azulado bem claro de azul ultramar com amarelo ocre e bastante branco e acentuo os escuros com a mesma mistura mais escura.


       Para finalizar pinto as chaminés que estavam anteriormente marcadas usando uma mistura de branco com um pouco de amarelo nápoles. Para este tipo de pintura minuciosa é preciso usar o tento para  mais firmeza na mão.


quarta-feira, 9 de setembro de 2020

 
 
.
        

Na seqüencia da modelagem coloco os braços para visualizar a posição em que vão ficar. Como os ombros da figura anterior estavam muito proeminentes foi preciso cortar um pouco na junção.
 

     Depois de satisfeita com as dimensões, passo à junção e colagem com mais plastilina, para que fiquem firmes.

terça-feira, 8 de setembro de 2020

A pintura do pinheiro mediterrâneo


      Nesta segunda fase da pintura, começo a cobrir e acertar a base que foi feita com os tons básicos.
     O pinheiro mediterrâneo, como se vê na foto ilustrativa abaixo, tem folhas em forma de agulha que são impossíveis de se reproduzir uma a uma. Como minha pintura é mais impressionista, procuro representar com tufos de tons, onde as pinceladas são finas e e em todas as direções. Uso para isto um pincel filete bem fino com a tinta bastante diluída num médium de óleo de linhaça e terebintina . Empreguei a mesma mistura usada na base (azul ultramar +amarelo de cádmio + um pouco de vermelho de cádmio para as partes mais escuras e a mesma mistura bem clareada, sem vermelho e mais branco para ter mais luz nas partes onde o sol bate. 

     Depois de pintada a copa, pinto os galhos finos aparentes, também com pincel filete e uma mistura de sombra natural com um pouco de branco para não ficar muito gritante. Tudo que fica na distância tem que ser mais esmaecido para reproduzir o efeito atmosférico.

     Como a posição da câmera e a iluminação não foram favoráveis neste clipe para ver a diferença dos tons, disponibilizo uma foto da área pintada. O tom mais claro, pintado sobre a base dá a idéia de volume das formas e da iluminação da árvore.

     Abaixo, uma foto da Internet dos galhos deste tipo de pinheiro.


   As pinhas redondas vão ser pintadas oportunamente.



segunda-feira, 7 de setembro de 2020

Acertando o tronco


     Aqui começo a acertar o tronco para que fique de acordo com a figura que tenho em mente. Diminuí um pouco os seios e procurei alisar o mais possível a plastilina, que estava dura e ressecada, usando óleo mineral e secador quando está pouco maleável.


     Aperfeiçoei também o abdome e refiz o umbigo. Para que os tecidos posteriores assentem bem, preciso que a anatomia fique o mais perfeita possível, porque vai fazer parte da modelagem em certos trechos.

     Alisei e preenchi partes do dorso, que havia sido deteriorado na escultura anterior. O ar quente do secador amolece bem a plastilina que pode ser trabalhada com maior maleabilidade.

 

sexta-feira, 4 de setembro de 2020

Calçada e banco


     Para a mistura da  calçada usei um pouco mais de branco de titânio na mistura da rua  e acrescentei siena queimada, um tom mais alaranjado apenas como base para trabalhar depois. 


     Preenchi a parte de trás do banco com a mistura da parede da casa do meio e fiz a sombra da buganvilia à esquerda dele, assim como uma parte de verde mais escuro na sombra, com azul ultramar, amarelo de cádmio e vermelho de cádmio. Para esboçar o banco, usei um cinza médio feito com azul ultramar e amarelo ocre. 


 

     Até aqui foi o preenchimento dos tons de fundo, que encerra esta primeira parte da pintura. Pela foto geral pode-se avaliar a intensidade das sombras e das cores, para então passar a finalizar a tela e corrigir os tons que necessitarem.


quinta-feira, 3 de setembro de 2020

A junção da coxa


     Depois de posicionado o protótipo da escultura, começo as adaptações para o novo modelo. Uma das primeiras coisas é acertar a junção da coxa com o tronco. A diferença de cores da plastilina não tem nenhum propósito especial, é meramente por aproveitamento de material, já que a peça é só a matriz de onde vai ser tirado o molde da figura definitiva em resina. 

     Como a plastilina já foi usada diversas vezes, resseca e endurece um pouco e é preciso fazê-la mais maleável, com óleo mineral (que pincelo) ou fluido de isqueiro, ou com o método de aquecimento que uso, com a ajuda de um secador de cabelo. Nos dias frios é mais difícil de trabalhar.

quarta-feira, 2 de setembro de 2020

Janelas e rua


     Como optei por abrir a janela sobre a parede, o tom da sombra que se projeta nela tem que ser diferente da que fiz para a parede, com azul ultramar, carmim de alizarina e amarelo ocre. Uso aqui o azul que foi base para a cor da janela, o cobalto + carmim e amarelo ocre e a sombra fica assim mais azulada, já que o azul ultramar tende para o violeta. 

     Para o vão das janelas, usei como base minha sombra natural +branco de titânio, onde depois serão trabalhadas as vidraças. 


     Para o tom base da rua, presumindo que seja asfalto, utilizo um cinza chumbo neutro, obtido com azul ultramar +amarelo ocre+  branco de titânio. Utilizo sempre combinações das mesmas cores, para conseguir uma aparencia uniforme na pintura. Não é necessário ter uma paleta com montes de cores, uma vez que quase todos os tons são feitos a partir das primárias, ou seja, azul, amarelo e vermelho.

terça-feira, 1 de setembro de 2020

Nova escultura

     Paralelamente à tela e cerâmica, também comecei uma escultura no semestre passado. O material empregado é a plastilina, da marca Corfix, uma espécie de argila sintética, que ao contrário do barro comum tem a vantagem de não secar e poder ser trabalhado indefinidamente. A idéia original é colocar uma moça sentada numa pedra com um vaso de água, inspirada na foto acima, à esquerda. Como base, usei uma camada de gesso de cerca de 1 cm de espessura, sobre pedras verdadeiras para dar o formato. As pedras foram retiradas e um pino de ferro foi colocado no centro para fixar a escultura e dar a inclinação do tronco. Este modelo tem dentro um esqueleto modelado em resina com as dimensões de uma figura de 50cm de altura, que pode ser articulado e usado várias vezes, para evitar o incômodo das armações de arame. É recoberto com folha de alumínio e e envolto com a plastilina como se fosse uma pele, que pode ser trabalhada conforme as exigências do modelo. Aqui, o tronco foi fixado na base e as coxas presas nos ossos de resina e as pernas arranjadas sobre a "pedra" para dar o movimento desejado.