sexta-feira, 20 de novembro de 2020

A figura completada


     Na sequência, e como última etapa, ajustei os volumes das panturrilhas nas pernas e os joelhos, e colei o pé direito com a própria plastilina derretida. Infelizmente não pude registrar esta parte em vídeo. 


     Neste ponto finalmente decido que a figura está satisfatória para tirar o molde. Os detritos e imperfeições vão ser suavizados com pincel carregado de óleo mineral ou fluido de isqueiro, e deixado no ponto de começar a passar o silicone. 

     Aqui termino esta demonstração minuciosa do que costuma ser meu trabalho. Oportunamente, quando tiver sido feito o preenchimento ou "casting" em resina com pó de mármore, voltarei para mostrar  o resultado da escultura.

quinta-feira, 19 de novembro de 2020

Finalização da blusa e saia

 
     Termino aqui a parte direita de trás da blusa, achatando mais as dobras e suavizando o conjunto. 
 


      Acrescento mais um pouco de plastilina entre a coxa esquerda e a pedra e trabalho mais esta parte marcando de novo as dobras. Coloco um rolinho em U para simular uma dobra maior e trabalho sua adesão com instrumentos arredondados.

terça-feira, 17 de novembro de 2020

Finalizando os dedos


Começo a dar acabamento à mão esquerda, que suporta o vaso, pelos dedos aparentes. Coloquei uma tampa das dimensões da boca do mesmo para que não deforme enquanto trabalho. Para fazer as unhas, uso um instrumento de metal em forma de gota, que se adapta ao tamanho diminuto de cada uma. Depois aliso e diminuo mais as dobras sob esta parte, em cima da coxa.


      A mão direita é mais visível e é mais fácil de trabalhar, mas assim mesmo é preciso muito cuidado pois os dedos se rompem com facilidade. Uso pincel de silicone para alisar e estecas de metal para raspar. Acerto a lateral do dedo mínimo e aproveito para suavizar o cântaro.

sexta-feira, 13 de novembro de 2020

Acertando os ombros


     Na sequência, trabalho os ombros direito e depois esquerdo, nivelando onde faltou com a plastilina mais amolecida.

quarta-feira, 11 de novembro de 2020

Retoque do rosto


      Continuando os acabamentos, retoco o olho direito que havia ficado menos proeminente devido ao uso anterior do rosto. O nariz também vai sendo mais afilado com toques muito delicados dos instrumentos para não perder a simetria. Com uma esteca de madeira em ponta redefino as narinas e acerto os mínimos excessos com instrumento de metal arredondado.

segunda-feira, 9 de novembro de 2020

Fase de acabamento


     Depois de totalmente montada a escultura, parto para a fase de acabamento, revisando de cima para baixo. Começo pelos cabelos, detalhando mais as mechas e aperfeiçoando o que ainda está muito tosco. É um processo demorado, mas que precisa ser minucioso para que o molde saia com perfeição.

quinta-feira, 5 de novembro de 2020

Trabalhando as dobras de trás


     Continuando a modelagem, faço as dobras da blusa na parte de trás, aderindo rolinhos de plastilina e prensando bem com  utensílios diversos, procurando chegar na fineza do tecido.

terça-feira, 3 de novembro de 2020

Continuação da modelagem


     Este mês continuarei demonstrando a modelagem da escultura de forma mais rápida. Aqui coloco  mais uma dobra sobre as nádegas e redefino o cabelo torcido sobre as orelhas e preso no meio de trás da cabeça.


 


     Na sequência me concentro na parte de trás do vestido, refinando as dobras e colocando mais tecido.

quinta-feira, 29 de outubro de 2020

Finalização da tela


     Com misturas feitas com sombra queimada e amarelo nápoles, traço com pincel filete as delimitações das lajotas, sem muita exatidão, apenas sugerindo. Refaço a mistura de amarelo nápoles, siena queimada e branco para ajustar o tom da calçada em primeiro plano. Na sombra, com um tom   feito com azul ultramar, sombra natural e branco, defino os troncos da planta que saem junto à parede e puxo algumas folhas com verde médio. Faço as lajotas da mesma forma que na calçada anterior. Com mistura feita com siena queimada e amarelo nápoles redefino o meio-fio e delimito com filete e tom escuro a junção com a rua.


     Como último detalhe, coloco as inflorescências da planta com branco misturado com um pouquinho de cinza para as mais distantes e com amarelo nápoles para as mais próximas. O pincel pode ser filete ou redondo com a ponta bem carregada de tinta e apenas bater levemente aqui e ali. Conforme maior ou menor pressão as flores saem mais claras ou mais apagadas, para se ter variedade.

     Aqui termina esta demonstração, com o mês de outubro. Agradeço  a quem me acompanhou e gostou e peço excusas a quem achou monótono ou muito longo. Foi um compromisso diário para tentar conviver com a pandemia que assola a humanidade e não parece terminar tão breve.

     Continuarei com a escultura a quem interessar, de maneira mais espaçada. E continuarei postando meus trabalhos à medida que for realizando, dependendo do tempo e vontade. 

quarta-feira, 28 de outubro de 2020

Colocação do cabelo


     Acerto os ombros e o pescoço antes de colocar os cabelos.Faço um risco no meio do crânio para marcar a linha dos cabelos e com pequenas porcões nas dimensões das mechas começo a colocar em volta da coroa. Uso plastilina mais clara para facilitar a visualização. Com dois rolinhos torcidos coloco na base da coroa das têmporas em direção às orelhas para simular o cabelo torcido e procuro acertar o volume.


     Coloco  uma plaquinha de cerca de 0,5 mm no centro da coroa em direção à nuca e ao decote para marcar o comprimento do cabelo. Vou colocando mechas levemente torcidas em direção às orelhas e depois acrescendo o cabelo torcido até o centro da parte de trás da cabeça.

 

terça-feira, 27 de outubro de 2020

O banco e as sombras


     Refaço a mistura do cinza do banco com azul cobalto e amarelo ocre e um pouco de azul ultramar e bastante branco para chegar no tom. Retoco todo, acertando a perspectiva e alguns detalhes do desenho.

Com a mistura da parede corrijo partes da estrutura do banco.


     Com tinta escura, feita com a mesma mistura sem branco e pincel filete pinto à mão livre os ferros inferiores da cadeira . Clareio a calçada com mistura de amarelo nápoles e um pouquinho de siena queimada e também de azul ultramar e bastante branco. Para as sombras inferiores, ao lado da cadeira, refaço a mistura de azul ultramar, carmim e amarelo ocre e refino o desenho. Abro espaços na própria sombra com a luz da parede para desenhar a forma da planta projetada.


     Clareio com bastante branco a mistura de base da rua e passo com pinceladas largas, depois intercalo com um pouco de siena queimada para quebrar o frio do cinzento. Para o tufo de vegetação que nasce entre as lajotas uso um verde mais acinzentado, partindo do azul cobalto . 

Um toque especial para dar vida ao chão  monótono  é a colocação de flores espalhadas pelo vento. Faço o fundo com magenta puro e um pouco de branco e as luzes com branco com toques de magenta e rosa permanente. Depois estendo as sombras levemente com lilás. Corrijo a sombra e a perna da cadeira

segunda-feira, 26 de outubro de 2020

Modelagem dos pés e do vestido


     Aqui começo a dar acabamento ao pé esquerdo, fechando o orifício do arame e arredondando melhor as formas ao lado da depressão central e acentuando os sulcos dos dedos. Coloco um pouco de plastilina para aumentar o volume do calcanhar.


     Refino também o tecido da cauda do vestido, cujas dobras ainda estão muito grossas  e acerto as depressões e contornos. Com dia frio é preciso usar calor para a plastilina fluir melhor.

   Depois de colocar mais uma dobra com rolinho, destaco o pé direito para  trabalhar melhor a curvatura e o calcanhar.


sexta-feira, 23 de outubro de 2020

Finalizaçao da bicicleta e sombras


      Reforço os ferros da bicicleta com cinza bem claro com pincel filete. Para as manoplas e selim uso um marrom feito com sombra queimada e branco de titânio e ilumino com a mesma mistura mais branco. Para o pedal uso gris de Payne e contorno a sombra da roda traseira com o mesmo. Clareio a calçada com misturas de amarelo nápoles, siena queimada e branco e toques de azul cobalto.


     Completo a sombra da janela com azul ultramar+ carmim  e amarelo ocre. Faço o galho saliente com o verde escuro (azul ultramar+amarelo de cádmio) com pincel filete e uso o mesmo para marcar as sombras na parede. Uso minhas misturas de verdes anteriores para traçar as folhas aleatoriamente e marcar as partes de luz. Misturo magenta com um pouco de branco e dou toques de flores ao longo do galho.

     Volto a fazer a mistura da sombra do portão e acrescento em partes que faltaram e também aumento porções de galhos que se projetam para fora com os mesmos verdes. Para a sombra da calçada reduzo o carmim e substituo com sombra natural.

quinta-feira, 22 de outubro de 2020

Continuando o vestido


     Aqui continuo colocando mais plastilina na parte esquerda onde faltou, e na parte direita para fazer o volume da blusa sob o braço.


     Desbasto as dobras que ficaram muito grossas, procurando mais fluidez no tecido. Aliso tudo com boleador e pincel de silicone, sempre passando óleo mineral.


     Continuo modelando a saia sobre o joelho direito, fazendo pequenas ondulações de tecido com a ajuda de estecas e acerto o movimento da barra em direção ao pé esquerdo que prende o tecido. 

quarta-feira, 21 de outubro de 2020

Bicicleta e vaso


     Refiz o desenho das rodas da bicicleta de maneira rápida com um cinza chumbo feito com azul ultramar e amarelo ocre e reforcei a área das sombras.  Com pincel filete carregado e muito cuidado, tento fazer a roda a mão livre com uma mistura mais clara da cor acima. Com um tom quase branco delineio as partes de luz. Marco o centro das rodas a olho e faço os raios de maneira bem solta, sem marcar um a um, apenas sugerindo as partes principais, usando maior ou menor intensidade nas pinceladas. Com o mesmo pincel marco o lugar dos ferros do selim e do guidão.


    A buganvília do fundo se estende até o chão e volto a trabalhar nela sobre a sombra, com as mesmas cores de magenta que foram usadas no início. Reforço a cor da porta que se vislumbra na sombra com azul cobalto e amarelo ocre. Acerto a parede ao lado direito do vaso e faço como no anterior, usando as cores amarelo nápoles e siena queimada para os contornos.


     Faço o fundo da planta do vaso com azul ultramar e amarelo de cádmio e as partes em luz com amarelo de cádmio + um pouco de azul ultramar e branco. Para as flores apenas faço manchas vermelhas como se apresentam, de maneira bem impressionista, usando vermelho de cádmio médio.

terça-feira, 20 de outubro de 2020

A blusa nas costas


     Antes de começar a blusa nas costas, acerto as dobras do decote caído no ombro. Coloco uma plaquinha de plastilina, mais ou menos nas dimensões das costas sobre o dorso e prenso bem. Corto o excesso sobre a linha previamente colocada do decote e aliso bem procurando dar a fineza do tecido. É preciso desbastar muito para chegar quase na pele.


     Completo a parte que faltou com outra placa sob a axila direita e trabalho este local. Faço o mesmo na lateral esquerda e acerto em direção ao busto. Coloco mais plastilina amolecida nas dobras do ombro esquerdo para dar mais volume ao tecido.

segunda-feira, 19 de outubro de 2020

Vaso em primeiro plano


     Para os vasos da composição, deixei propositalmente o tom da imprimatura, por ser quase a mesma cor que vou usar na pintura. Uso amarelo nápoles + branco de titânio para cobrir, seguindo o movimento das curvas. Para a parte sombreada uso um pouco de sombra natural na mistura na esquerda, e na direita, que é coberta com as sombras da árvore, aumento a quantidade. Para a base da planta uso meu verde escuro feito com azul ultramar e amarelo de cádmio.



     Para fazer a sombra das folhas que se projeta sobre o vaso uso o próprio sombra natural, que é uma cor fria clareada com um pouco de nápoles e desenho diretamente com o pincel. Depois, com o tom do vaso, abro luzes na própria sombra. Isto precisa ser feito com muita delicadeza, senão a tinta pode puxar o tom de baixo e borrar não ficando pura.

O verde claro das folhas é feito com amarelo de cádmio esverdeado com um toque de azul ultramar. Para as flores uso o vermelho de cádmio médio como foi feito com as buganvílias, sendo o tom mais escuro mesclado com siena queimada . Para as flores na sombra uso toques desta mistura. Clareio a calçada com amarelo nápoles e branco e um toque de azul ultramar.


sexta-feira, 16 de outubro de 2020

Colocação do vaso


     Para o acabamento do gargalo, umedeço com óleo mineral e desbasto em volta com esteca raspadeira. Acerto as bordas com estilete para nivelar


      Coloco a mão esquerda, mostrada anteriormente, no antebraço, com a palma voltada para cima e fixo com um pedacinho de arame na coxa. Coloco mais um pedaço de arame no centro da palma para apoiar o vaso. Amoleço com secador, pressionando os dedos contra a parede do vaso e acerto as bordas do gargalo. Coloco a mão direita sobre ele e trabalho a junção do pulso e o antebraço. Coloco também um pedacinho de arame para fixar a mão na parte de cima do vaso.

quinta-feira, 15 de outubro de 2020

Continuação da janela


      Como as janelas dessas casas antigas são recuadas, passo uma camada horizontal de cor da parede para dar este recuo, e pinto as duas travas da folha aberta, com cor mais clara. Apago o desenho anterior das vidraças e começo nova sessão, pintando as molduras com um branco apagado feito com o acréscimo de azul cobalto e amarelo ocre. Pinto as partes mais largas com pincel chato e as mais finas com filete bem carregado e o auxílio de um tento, porque é muito difícil fazer as linhas retas à mão livre. Com sombra natural acrescentada à cor base pinto a parte em sombra de baixo das travas. Com sombra natural clareada com um pouco de branco, passo nas vidraças para sugerir as cortinas interiores.


     Continuando, com a mistura quase branca, faço a linha superior de luz das travas e pinto os cravos com pincel filete em movimentos rotatórios. Com a mesma cor escura acima, faço semicírculos à esquerda para indicar a sombra.

quarta-feira, 14 de outubro de 2020

Frente da blusa e cântaro


     Antes de colocar definitivamente os braços trabalho todas as dobras da blusa, tentando refinar o tecido. Em dias frios a plastilina é mais difícil de modelar. 

     Em seguida modelo o cântaro que vai ser colocado no colo e sustentará os braços. Para isso usei um pequeno vidro de conserva grego, de onde tirei um meio molde de gesso. Com uma placa de plastilina com cerca de 0,5 mm prensei duas partes separadamente sobre o molde e uni para formar o vaso, como visto nas fotos abaixo:



       Depois trabalho todo o modelo, alisando e tirando as imperfeições e aumentando as alças que não saíram perfeitas.




terça-feira, 13 de outubro de 2020

Telhado e janela primeiro plano


     Pinto o resto do telhado com as cores que já tenho preparadas, usando os tons aleatoriamente e separo as fiadas com sombra queimada e pincel filete. Na junção da chaminé uso um cinza chumbo feito com azul cobalto e amarelo ocre. Arremato a cumeeira com pinceladas laterais.


     Julgando melhor os valores, achei que faltou contraste entre a sombra e a parede. Reforcei o tom da sombra sob as telhas e refiz o tom da parede para mais claro, usando o mesmo vermelho de cádmio com amarelo ocre e um pouco mais de branco de titânio. Começo a pintar sobre a janela, modelando o ondulado das telhas . Refaço também para mais claro o tom das janelas, com verde esmeralda neutralizado com vermelho de cádmio e branco. Pinto com esta cor as duas folhas da janela, e clareio com branco a mistura para fazer as travas com pinceladas horizontais e pincel chato.

segunda-feira, 12 de outubro de 2020

Drapeado da perna esquerda


      Para trabalhar melhor, tiro o braço esquerdo e começo a modelar e aperfeiçoar as dobras da saia sobre a perna esquerda. Acrescento material onde precisa mais volume e aliso tudo com pincel de silicone ou boleador.

      Aqui continuo trabalhando a parte inferior, corto o excesso da cintura e reposiciono as pregas da blusa.

quinta-feira, 8 de outubro de 2020

Continuação das buganvílias


Com as três cores preparadas vistas na foto, começo a modelar diagonalmente as telhas, uma a uma. Com sombra queimada e um pouco de branco, sugiro os semicírculos da junção das telhas e arremato as bordas da primeira fiada .Com amarelo nápoles e pincel fino coloco a parte em sol das telhas que ficam por baixo, e também clareio os beirais.


     Usando  a referencia de outras fotos, começo a prolongar a buganvília por cima do telhado. Uso as mesmas cores e pinceladas já descritas anteriormente tanto para a folhagem como para as flores.

     Pinto as folhas claras com toques de pincel redondo ao longo das folhagens e entre as flores. Com o pincel filete faço o último galho que se projeta sobre a chaminé.


quarta-feira, 7 de outubro de 2020

Parte de trás da saia


      Continuo acertando os encaixes sob a coxa. Retiro uma das dobras de trás para escavar mais o lugar e volto a colocar para trabalhar melhor. Com pincéis de silicone aliso ao longo das dobras para fundir e reduzo o que está muito alto. Continuo refinando do outro lado do quadril. 

     Coloco um rolinho de um lado a outro das nádegas, porque o tecido tem a tendência de esticar nestas protuberâncias. Aliso e fundo com instrumento de metal, para mais tarde trabalhar definitivamente.

terça-feira, 6 de outubro de 2020

Buganvilias primeiro plano


     Começo aumentando o fundo das buganvílias entre as janelas com tom escuro, para deixar a forma mais leve. Com a pesquisa de novas fotos, vi que a planta cresceu em muitos anos e se expandiu sobre o telhado da direita. Então começo a cobrir esta parte, sem me ater muito à foto original. Uso pincel redondo e continuo colocando os tons médios, para depois dar as luzes, como já descrito anteriormente. A diferença é que aqui, por se tratar de primeiro plano, as cores são mais vibrantes, puras sem muito branco. Não é necessário seguir à risca o desenho, desde que a colocação dos tons dê o volume almejado.


     Sempre na busca da profundidade, volto com o tom escuro entre as flores de tom médio. Com o tom mais escuro faço "nascer" flores onde não existiam para prolongar a floração da planta, e então cubro com os claros, formando novos volumes de flores.

     Com pincel redondo, faço uns detalhes de folhas com a tinta mais clara e continuo descendo e ampliando o pé de buganvília com o tom de base e depois colocando os médios e as luzes, como já foi feito acima.

     Nas fotos abaixo, as cores preparadas para esta etapa:



Para as folhas: tom escuro: azul ultramar + amarelo de cádmio puros

                        tom médio: a mesma mistura com mais amarelo

                        tom claro : a mesma mistura, partindo do amarelo e esverdeando com um pouquinho de azul.

Para as flores: tom escuro: magenta puro com um pouco de branco

                        tom médio: a mistura acima com mais branco

                        tom claro : branco de titânio com um pouco da mistura acima   

     Aqui, por se tratar de primeiro plano, uso as cores puras , sem neutralizar com as complementares.


segunda-feira, 5 de outubro de 2020

Aumento da saia


     Desbasto ao redor da nádega direita e coloco rolinhos para as dobras da saia. O secador ajuda a amolecer o material. Aliso com um pequeno boleador a parte interna das dobras, em contato com a perna.

     Resolvi fazer a saia mais longa para cobrir o joelho e coloco nova porção de massa. Volto para o encontro da coxa e trabalho as dobras ali. Com o boleador, escavo pregas junto à cintura, para começar a modelar o franzido. 

    

     Com pedaço de saia previamente modelado, cubro a pedra com a plastilina e encaixo sob o pé esquerdo.  Amoleço mais a plastilina e trabalho as dobras com esteca de madeira. Com a ponta da esteca corto o excesso da saia fazendo as curvas. Continuo acertando e modelando as dobras. Com uma tesoura, corto um triângulo para inserir na parte interna entre as pernas que ficou sem tecido e aliso sobre a pedra fundindo com a outra parte.

sexta-feira, 2 de outubro de 2020

Janela superior e sombras da inferior


     Reforço a textura das paredes com novas pinceladas e redefino a luz das janelas com amarelo nápoles e branco. Repasso também o marrom interior das janelas com sombra natural e um pouquinho de branco. Com um tom um pouco mais escuro faço o parapeito saltado da janela e coloco as sombras projetadas pela planta à direita.


      Com a sombra mais escura também do lado direito da janela, aprimoro as formas. Com o mesmo azul da folha da janela abro luzes no meio da sombra com pincel filete bem carregado, e faço o mesmo sobre a sombra da direita com o tom claro da parede. Marco a trave da janela e faço como o portão, com um tom escuro, um médio e um claro onde bate a luz.

quinta-feira, 1 de outubro de 2020

Continuando a saia


     Aqui coloco rolinhos sobre a parte franzida da cintura para fazer as dobras. Acerto a lateral da coxa esquerda com mais massa, fundindo tudo. Arredondo a parte do tecido sob a coxa, porque resolvi  fazer o volume do vestido para a direita. Aumento um pouco para a frente a parte esquerda da saia.


     Aumento também a parte direita da saia. Corto a plastilina excedente em direção à coxa e começo a alisar as formas. Tiro o excesso com a esteca raspadora. Ajusto por baixo da coxa a sobra de tecido e coloco mais massa sobre o pé para dar continuidade à saia. Continuo colocando mais volume e embutindo embaixo do corpo.

quarta-feira, 30 de setembro de 2020

Sombras e buganvilia


     Comparando os valores, decidi escurecer um pouco a sombra lateral da janela. Também reforço a cor da parede para dar o contraste, e completo as sombras da direita.

Refaço o verde da parte sombreada da planta à esquerda e começo a colocar o verde médio com pincel redondo, e com pincel chato bem carregado do tom claro,  dou as luzes aleatoriamente, em várias direções tentando sugerir a posição das folhas. Continuo com pincel filete para obter pinceladas mais finas.


     Neste segmento pode-se ver perfeitamente como a luz artificial muda as cores da tela, na continuação da mesma etapa. Sigo fazendo os pontos de luz até ficar satisfeita, e volto com tons mais  escuros para desfazer alguns acúmulos de claros. 

     Com vermelho de cádmio médio puro marco algumas flores aqui e ali e depois dou as luzes onde precisa. Faço a mistura para o banco com um gris levemente azulado, feito com azul cobalto ,amarelo ocre e bastante branco e pinto o assento e encosto, assim como os ferros e pés. Coloco a sombra por trás do banco com a mesma mistura do lado da janela.

terça-feira, 29 de setembro de 2020

Laterais e parte de trás da saia


     Continuando a colocação da saia, trabalho o lado esquerdo, pondo mais plastilina para completar as dobras. Na lateral direita também coloco mais material e vou acertando em direção à coxa.


     Para a parte de trás, começo com uma lâmina de plastilina um pouco franzida na cintura, como uma saia real, e coloco sobre as nádegas, fazendo aderir bem, para delinear a musculatura. Como está muito seca, uso secador quente para amolecer e poder trabalhar com a esteca, amoldando em várias direções. Corto os excessos e prenso por baixo o que precisa no encontro com a "pedra".

 

segunda-feira, 28 de setembro de 2020

Buganvílias e janela


     Com as mesmas cores que usei anteriormente, continuo pintando a folhagem e as flores da buganvília do centro, com pincel redondo. O "close" demasiado distorceu um pouco os tons. 

  


     Com o tom da parede arremato a borda superior da janela. Para a moldura branca das janelas, não uso nunca o branco puro. Uso uma mistura de branco de titânio "sujo" com um pouco de neutro feito com azul cobalto e amarelo ocre. Pinto as molduras verticais com tento e pincel chato. Com a régua e com cuidado sobre a tinta úmida marco a divisão das três partes para fazer as linhas horizontais. O peitoril da janela é feito com a mesma mistura da parede.

 Para representar a cortina de dentro, ao invés de passar branco puro, misturo o branco com um toque do tom de fundo, sombra natural. Isso dá a ideia da transparência das cortinas. Para a parte da bainha acrescento mais branco e faço as pinceladas horizontais. Nas partes onde o vidro é transparente, dou alguns toques com um rosa feito a partir do magenta e um pouco da mistura das cortinas, só para sugerir alguma coisa não identificada, por dentro.

sexta-feira, 25 de setembro de 2020

Montagem da saia



 
     

     Depois de acertar um pouco o local onde vai ser feita a junção, coloco uma lâmina de plastilina com algumas dobras já prensadas para encaixar sob a blusa, na parte direita. Trabalho sua aderência ao corpo, modelando já os drapeados, que ainda estão um pouco grossos, e corto o excesso sobre o joelho com um estilete.  Existe um limite para conseguir esticar a plastilina (cerca de 2mm ), que poderia ser mais fina. O uso da plastilina de outra cor também ajuda na visualização. 


     Em seguida, começo a colocar dobras mais finas com rolinhos que consigo com a ajuda de um extrusor. Esses rolinhos vão sendo colocados e prensados sobre a base para formar as ondulações do tecido. Passo depois para o lado esquerdo, colocando a plastilina em camadas que deem  ideia das outras dobras. Numa segunda etapa tudo vai ser refinado.

quinta-feira, 24 de setembro de 2020

Telhado do meio


     Como as telhas artesanais não tem todas a mesma cor da argila, como vejo pela foto, criei três tons principais e mais claros para pintar sobre a base. Da esquerda para a direita, sombra natural +branco de titânio, siena queimada + branco de titânio e amarelo ocre+ branco de titânio.


     Com um pincel "liner" e cor clara feita com amarelo nápoles e branco, traço a linha do final das primeiras telhas, sobre o desenho feito a lápis por cima da base. Depois a segunda, e assim sucessivamente. Para isso uso o tento, porque é preciso muita firmeza na mão. Com um pincel chato na largura das telhas começo a pintar na direção destas linhas com pinceladas diagonais, usando as tintas já preparadas aleatoriamente, seguindo mais ou menos as cores da foto.

     O cordão de nylon que aparece abaixo coloco às vezes como orientação para marcar a linha do quadriculado do desenho, quando preciso fazer ajustes. 

     Depois, com pincel "liner" carregado de sombra queimada e um pouco de branco, sugiro o arco das telhas uma a uma mas sem muita precisão. Na segunda fiada de telhas faço a mesma coisa, intercalando as cores aqui e ali.

     

Como feito no beiral da casa anterior, arremato  de novo o escuro das telhas, desta vez com sombra queimada , que é mais quente e aproxima mais. Também marco uma linha no centro da parte em sombra para posteriormente pintar as duas carreiras de telhas de suporte.


quarta-feira, 23 de setembro de 2020

Lateral da blusa


      Tirei o antebraço para poder trabalhar melhor e continuei o drapeado da blusa na lateral direita. Também cortei o excedente da lâmina de tecido na altura da cintura. Em dias frios a plastilina é mais difícil de trabalhar e preciso aquecer ou untar para as estecas deslizarem melhor. As dobras vão se posicionando e dando idéia da fluência do tecido.

terça-feira, 22 de setembro de 2020

Buganvílias vermelhas

  As flores da buganvilia da casa do centro são vermelhas e preparei as misturas da foto acima para pintá-las. 1- vermelho de cádmio médio + siena queimada para os escuros ou na sombra 2- vermelho de cádmio médio puro para os tons médios 3- vermelho de cádmio médio com bastante branco para as luzes.

Começo pintando o tom mais escuro por toda a base já seca, de maneira bem solta e aleatória, tentando representar as concentrações de flores. Depois parto para o tom médio e vibrante das buganvilias, da mesma forma e finalmente dou as luzes com o tom bem claro, com o pincel bem carregado e com leveza para que a tinta fique por cima e não misture com a anterior.



      Para as folhas, preparo como anteriormente três tons de verde, um bem escuro com azul ultramar e amarelo de cádmio, a mesma mistura partindo do amarelo para o azul para ficar mais clara e ser um tom médio, e a mesma acrescentando mais amarelo e branco para usar para as luzes. Procuro dar pinceladas que simulem as folhas em todas as direções, algumas terminando em ponta, outras simplesmente depositadas, para dar o movimento desigual da folhagem. 

     Finalmente, refaço a mistura da sombra da casa e dou pinceladas diagonais sob as flores para indicar sua projeção na parede. Ao mesmo tempo com o tom da parede abro alguns espaços no meio das sombras e das folhas. 

                                       




segunda-feira, 21 de setembro de 2020

Drapeado da blusa


     Para continuar a blusa, faço uma lâmina de plastilina bem fina de cerca de 2 mm, com rolo, e coloco sobre o torso, como se fosse o tecido da blusa, e começo a prensar rolinhos finos que simulem as dobras.


     Sobre a parte lisa  continuo colocando as dobras , prensando, modelando e tirando os excessos , pretendendo fazer um tecido bem solto, inspirado em esculturas antigas gregas. Quanto mais finas as dobras, mais a transparência do tecido. Tudo vai ser suavizado mais adiante.

sexta-feira, 18 de setembro de 2020

Pintura do portão


     Com a mistura já feita para a parede, de carmim de alizarina + amarelo ocre+branco e um pouco de branco, pinto a barra ao lado do portão da garagem. Sobre a base já feita, uso a mesma mistura de azul ultramar+ azul cobalto+amarelo ocre com bastante branco e pinto com pincel filete as tábuas verticais. No começo tento à mão livre, mas para que as linhas sejam bem paralelas, uso o tento para apoiar a mão. O fundo serve como o escuro entre as tábuas e a nova cor é a cor real do portão, que é um azul acinzentado.  


     Reavaliando o desenho, traço as traves provisoriamente a lápis e pinto com a cor clara. Depois uso com bastante mais branco para a parte onde bate a luz e com a mistura de base sob estas traves para simular a sombra. 

     Na seqüencia, preparo um tom de sombra, desta vez com azul cobalto para acompanhar o tom mais azulado do portão +amarelo ocre e carmim, e pinto à mão livre e diagonalmente a sombra projetada nele das buganvílias que estão por cima.

quinta-feira, 17 de setembro de 2020

Modelagem da blusa


     Na modelagem com argila ou plastilina é possível "vestir" um corpo despido, partindo de dentro para fora, o que na escultura em mármore é o contrário, de fora para dentro. O belo destas esculturas é que se aproveita o corpo já modelado e vai-se acrescentando o "tecido" através das dobras ou pregas que revelam as formas.

     Começo pelo decote de uma blusa solta, com rolinhos que vou prensando e acertando sobre o material já modelado.  Conforme o volume destes rolinhos consegue-se a idéia do tecido mais fino ou fluido, assim como mais grosso. Como a plastilina foi reutilizada, como já disse, é preciso amolecê-la um pouco com secador de cabelo e óleo mineral.

quarta-feira, 16 de setembro de 2020

As primeiras buganvílias

      Para pintar as buganvílias da casa do fundo uso magenta puro, porque é um tom azulado e afasta. Uso puro nas partes escuras, nas partes médias com um pouco de branco e nas luzes ou claros, bem saturado de branco. Na foto abaixo a preparação destes três tons:



     Começo a pintura pelo tom médio, que é sempre o tom real da flor e vou cobrindo a base com pinceladas soltas e aleatórias, procurando fazer tufos de flores em vários sentidos. Nos locais onde é mais escuro e onde há sombra uso o magenta puro para definir melhor essas flores.


      Com o tom bem claro, preparado a partir do branco de titânio com pouquíssimo acréscimo de magenta, obtenho o tom das luzes que vou batendo aos poucos e uniformemente, só nos lugares onde a luz bate direto, para conseguir a ilusão tridimensional dessas concentrações de flores. O objetivo não é pintar flores uma a uma, mas formas que representem o volume, como se fosse uma modelagem das  formas.         

     Para as folhas uso a mistura de azul ultramar com amarelo cádmio (esquerda) e com bastante amarelo e mais branco (direita) para os claros.

          Começo com o tom mais escuro esboçando formas nas zonas mais escuras e depois com a mistura mais clara vou pontilhando folhas aqui e ali em várias direções, para sugerir a incidência de luz. Abaixo esta parte da tela completada:





terça-feira, 15 de setembro de 2020

A modelagem das mãos

      As mãos do modelo são feitas à parte. Para tirar novas mãos em plastilina, uso o molde de silicone que já tenho, e verto dentro dele, como no vídeo abaixo, a plastilina derretida, que tem esta vantagem de funcionar como uma barbotina de cerâmica. Endurece rapidamente e pode ser tirada a peça com muito cuidado para não quebrar os dedos, já que mede cerca de 4 cm .


     Depois de tiradas as duas mãos, trabalho cada uma delas para acertar as rebarbas e refinar a anatomia. Sendo flexíveis, depois de colocadas nos pulsos, pode se dar a elas a forma gestual que se quer.



segunda-feira, 14 de setembro de 2020

Pintura dos beirais e das janelas


     Para marcar a tripla fiada de telhas que há sob o telhado da última casa, misturo sombra natural com um pouco de branco de titânio para que a cor não salte muito e marco à mão livre duas linhas paralelas  onde serão encaixadas as telhas. Não faço o desenho muito perfeito, apenas o suficiente para que reproduza sua ondulação, já que é uma pintura muito repetitiva. Depois, com pincel filete bem carregado de amarelo nápoles, marco aleatoriamente lugares onde a luz bate um pouco, para dar a idéia do arredondado das telhas.


     Para reproduzir a cor do branco das molduras caiadas na sombra, uso branco de titânio sempre "sujo" com uma mistura de azul ultramar ou cobalto com um pouco de carmim e amarelo ocre para neutralizar. O branco nunca deve ser usado puro, somente em locais de luz intensa e mesmo assim com um pouco de amarelo ocre ou nápoles. Esta mistura é passada só na zona de sombra. Depois faço a parte em sombra sob a moldura da janela com sombra natural atenuada com branco, apenas uma ligeira marcação em "L" invertido. Reforço a passagem das folhas das janelas com um tom de azul cobalto, amarelo ocre e branco e a parte em que a luz bate direto com branco de titânio e um leve toque desta mistura, para que haja o contraste suficiente de tonalidade que indique a luz.

sexta-feira, 11 de setembro de 2020

Colocação da cabeça


     Como já tenho uma cabeça tirada no molde do protótipo, com a plastilina revestindo o crânio, resolvi aproveitar nesta nova peça. Na primeira colocação vejo que o pescoço está muito longo por causa do local onde foi feito o corte anterior e diminuo um pouco tanto no tronco como na cabeça. Depois de inserir no suporte de ferro, acerto tudo com esteca de madeira.

                                              


      À medida que vou modelando, vai surgindo a imagem do que vai ser a escultura. Pesquisando na Internet resolvi deixar a idéia de de uma jardineira com flores para optar por uma figura mais clássica com vaso de água. Sendo assim, os olhos vão estar voltados para a atividade de jorrar a água e resolvo fazer que sejam fechados e voltados para baixo. Fecho os olhos com esteca de madeira e reduzo também parte do crânio que estava muito grande por resquícios de outro uso.

quinta-feira, 10 de setembro de 2020

Pintura do telhado


     Sobre a base já seca do telhado, marco a lápis a fiada horizontal das telhas para não me perder na hora de pintar. Baseada na foto misturei três tons básicos de telha: um mais neutro tendendo para o sépia, com sombra natural e branco; outro mais alaranjado com laranja de cádmio, branco e um pouco de azul ultramar e mais um amarelado partindo do amarelo ocre com branco.

     Pinto as telhas de maneira solta, em diagonal, mesclando estes tons, sem me fixar muito na foto.


      Reforço a separação das telhas com traços de uma mistura de sombra queimada com um pouco de branco. Acerto também os beirais um a um dando o formato da telha . Redefino as linhas das clarabóias com um tom azulado bem claro de azul ultramar com amarelo ocre e bastante branco e acentuo os escuros com a mesma mistura mais escura.


       Para finalizar pinto as chaminés que estavam anteriormente marcadas usando uma mistura de branco com um pouco de amarelo nápoles. Para este tipo de pintura minuciosa é preciso usar o tento para  mais firmeza na mão.


quarta-feira, 9 de setembro de 2020

 
 
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Na seqüencia da modelagem coloco os braços para visualizar a posição em que vão ficar. Como os ombros da figura anterior estavam muito proeminentes foi preciso cortar um pouco na junção.
 

     Depois de satisfeita com as dimensões, passo à junção e colagem com mais plastilina, para que fiquem firmes.

terça-feira, 8 de setembro de 2020

A pintura do pinheiro mediterrâneo


      Nesta segunda fase da pintura, começo a cobrir e acertar a base que foi feita com os tons básicos.
     O pinheiro mediterrâneo, como se vê na foto ilustrativa abaixo, tem folhas em forma de agulha que são impossíveis de se reproduzir uma a uma. Como minha pintura é mais impressionista, procuro representar com tufos de tons, onde as pinceladas são finas e e em todas as direções. Uso para isto um pincel filete bem fino com a tinta bastante diluída num médium de óleo de linhaça e terebintina . Empreguei a mesma mistura usada na base (azul ultramar +amarelo de cádmio + um pouco de vermelho de cádmio para as partes mais escuras e a mesma mistura bem clareada, sem vermelho e mais branco para ter mais luz nas partes onde o sol bate. 

     Depois de pintada a copa, pinto os galhos finos aparentes, também com pincel filete e uma mistura de sombra natural com um pouco de branco para não ficar muito gritante. Tudo que fica na distância tem que ser mais esmaecido para reproduzir o efeito atmosférico.

     Como a posição da câmera e a iluminação não foram favoráveis neste clipe para ver a diferença dos tons, disponibilizo uma foto da área pintada. O tom mais claro, pintado sobre a base dá a idéia de volume das formas e da iluminação da árvore.

     Abaixo, uma foto da Internet dos galhos deste tipo de pinheiro.


   As pinhas redondas vão ser pintadas oportunamente.



segunda-feira, 7 de setembro de 2020

Acertando o tronco


     Aqui começo a acertar o tronco para que fique de acordo com a figura que tenho em mente. Diminuí um pouco os seios e procurei alisar o mais possível a plastilina, que estava dura e ressecada, usando óleo mineral e secador quando está pouco maleável.


     Aperfeiçoei também o abdome e refiz o umbigo. Para que os tecidos posteriores assentem bem, preciso que a anatomia fique o mais perfeita possível, porque vai fazer parte da modelagem em certos trechos.

     Alisei e preenchi partes do dorso, que havia sido deteriorado na escultura anterior. O ar quente do secador amolece bem a plastilina que pode ser trabalhada com maior maleabilidade.

 

sexta-feira, 4 de setembro de 2020

Calçada e banco


     Para a mistura da  calçada usei um pouco mais de branco de titânio na mistura da rua  e acrescentei siena queimada, um tom mais alaranjado apenas como base para trabalhar depois. 


     Preenchi a parte de trás do banco com a mistura da parede da casa do meio e fiz a sombra da buganvilia à esquerda dele, assim como uma parte de verde mais escuro na sombra, com azul ultramar, amarelo de cádmio e vermelho de cádmio. Para esboçar o banco, usei um cinza médio feito com azul ultramar e amarelo ocre. 


 

     Até aqui foi o preenchimento dos tons de fundo, que encerra esta primeira parte da pintura. Pela foto geral pode-se avaliar a intensidade das sombras e das cores, para então passar a finalizar a tela e corrigir os tons que necessitarem.


quinta-feira, 3 de setembro de 2020

A junção da coxa


     Depois de posicionado o protótipo da escultura, começo as adaptações para o novo modelo. Uma das primeiras coisas é acertar a junção da coxa com o tronco. A diferença de cores da plastilina não tem nenhum propósito especial, é meramente por aproveitamento de material, já que a peça é só a matriz de onde vai ser tirado o molde da figura definitiva em resina. 

     Como a plastilina já foi usada diversas vezes, resseca e endurece um pouco e é preciso fazê-la mais maleável, com óleo mineral (que pincelo) ou fluido de isqueiro, ou com o método de aquecimento que uso, com a ajuda de um secador de cabelo. Nos dias frios é mais difícil de trabalhar.

quarta-feira, 2 de setembro de 2020

Janelas e rua


     Como optei por abrir a janela sobre a parede, o tom da sombra que se projeta nela tem que ser diferente da que fiz para a parede, com azul ultramar, carmim de alizarina e amarelo ocre. Uso aqui o azul que foi base para a cor da janela, o cobalto + carmim e amarelo ocre e a sombra fica assim mais azulada, já que o azul ultramar tende para o violeta. 

     Para o vão das janelas, usei como base minha sombra natural +branco de titânio, onde depois serão trabalhadas as vidraças. 


     Para o tom base da rua, presumindo que seja asfalto, utilizo um cinza chumbo neutro, obtido com azul ultramar +amarelo ocre+  branco de titânio. Utilizo sempre combinações das mesmas cores, para conseguir uma aparencia uniforme na pintura. Não é necessário ter uma paleta com montes de cores, uma vez que quase todos os tons são feitos a partir das primárias, ou seja, azul, amarelo e vermelho.

terça-feira, 1 de setembro de 2020

Nova escultura

     Paralelamente à tela e cerâmica, também comecei uma escultura no semestre passado. O material empregado é a plastilina, da marca Corfix, uma espécie de argila sintética, que ao contrário do barro comum tem a vantagem de não secar e poder ser trabalhado indefinidamente. A idéia original é colocar uma moça sentada numa pedra com um vaso de água, inspirada na foto acima, à esquerda. Como base, usei uma camada de gesso de cerca de 1 cm de espessura, sobre pedras verdadeiras para dar o formato. As pedras foram retiradas e um pino de ferro foi colocado no centro para fixar a escultura e dar a inclinação do tronco. Este modelo tem dentro um esqueleto modelado em resina com as dimensões de uma figura de 50cm de altura, que pode ser articulado e usado várias vezes, para evitar o incômodo das armações de arame. É recoberto com folha de alumínio e e envolto com a plastilina como se fosse uma pele, que pode ser trabalhada conforme as exigências do modelo. Aqui, o tronco foi fixado na base e as coxas presas nos ossos de resina e as pernas arranjadas sobre a "pedra" para dar o movimento desejado.


segunda-feira, 31 de agosto de 2020

Janelas e fachadas

     Sempre que pinto um lugar que conheci ou gosto, procuro me impregnar das sensações ambientais.

     Pesquisando sobre este lugar, descobri que a luz é matinal e o sol bate de trás do espectador. Como licença artística, para não só copiar uma foto, resolvi abrir um pouco as janelas, para deixar mais convidativo. Para a casa do meio, deixei a folha da esquerda na posição em que estava, para valorizar a luz direta, e a da direita abri totalmente, para depois trabalhar a abertura e as vidraças, mais interessantes, o que cria uma certa curiosidade sobre as pessoas que vivem ali. A mistura usada para a folha da direita foi azul cobalto + amarelo ocre + branco e um pouquinho de carmim. Na folha que fica frontalmente ao espectador coloquei bastante mais branco. Continuei trabalhando as sombras sobre a parede.

                                              
      Na casa em primeiro plano, o tom é ligeiramente diferente da do meio. Usei vermelho de cádmio +amarelo ocre e um pouco de azul ultramar com branco de titânio, para ficar mais avermelhada.

    Também na casa em primeiro plano abri uma folha da janela e coloquei como tom base um verde acinzentado obtido com verde esmeralda + vermelho de cádmio, sua complementar e branco de titânio. Fiz minha mistura de sombra anterior e pintei por baixo do umbral. Completei a folhagem das buganvílias em primeiro plano e um pouco de sua sombra.




sexta-feira, 28 de agosto de 2020

Pequenas peças de jardim


     Estas pequenas peças foram modeladas no início da pandemia, para aproveitar material e ocupar o tempo de reclusão. O elefantinho acima  foi feito em argila creme e esmaltado com três mãos de IN da marca Duncan. Pode servir como petisqueira ou vasinho para suculentas. O gansinho abaixo foi planejado para ser um pequeno regador. Modelado em argila vermelha e esmaltado com três mãos de amarelo da mesma marca. 

           

No clipe abaixo, funcionando como regador:




 

 

quinta-feira, 27 de agosto de 2020

Continuando os fundos


Aqui começo a marcação das janelas da casa intermediária com sombra natural e um pouco de branco, e pinto o fundo das folhagens das buganvílias mais próximas. A mistura é a mesma: azul ultramar, amarelo de cádmio e um pouco de vermelho de cádmio, sem o branco.


      Preencho os vãos deixados pelo verde com o tom de fundo das buganvílias mais próximas, que é o mesmo das anteriores, mas agora com o "permanent rose" adicionado para ficar mais vibrante.

      Na sequência, pinto a sombra da parede com a mistura anterior de azul ultramar + carmim de alizarina e amarelo ocre até chegar no tom mais neutro. Para o pilar branco na sombra uso azul cobalto com um pouco de amarelo ocre e branco de titânio.  Todos estes valores vão ser revistos e comparados após o preenchimento total da tela.


quarta-feira, 26 de agosto de 2020

Escultura cavalo-marinho

Cavalo-marinho- 45 cm altura


     Esta escultura foi modelada em argila para tirar  um molde de outra, em resina cristal, somente a face esquerda para servir de adorno de parede. Posteriormente resolvi fazer completa. Foi feito um molde de látex para ser invertido sobre uma cama de areia e prensado com argila. As peças foram coladas com barbotina e o corpo inteiro  queimado. Foi pintado a frio com tinta acrílica de exterior para ficar no tempo.

terça-feira, 25 de agosto de 2020

A base das buganvílias

Neste clipe tento mostrar os tons que uso para a cor da buganvilia  (spectabilis) É uma cor única na natureza e acredito que só pode ser obtida a partir do magenta, que é uma cor sintética relativamente recente, produzida a partir dos anos 30 com a descoberta da quinacridona. Era desconhecida pelos grandes mestres e mesmo  impressionistas. O carmim de alizarina que sempre foi usado é uma cor fria e azulada nas misturas, e o próprio magenta sozinho tende para o roxo. A mistura que faço parte do magenta ( bem escuro no começo do vídeo) com acréscimo de branco até chegar no valor ou tom. Como o tom ainda é arroxeado, acrescento um pouco de "permanent rose" (Winsor & Newton) e isto parece "acender" a cor.
     Com a mistura acima, marco todos os espaços deixados entre a folhagem que foi pintada anteriormente, também com pinceladas cruzadas, que criam uma certa textura. Nas buganvílias mais afastadas, uso o tom magenta sem o rosa e nas mais próximas acrescento esta cor.

     Antes de pintar a folhagem sobre a segunda casa, pinto o vão da primeira janela, com uma mistura de sombra natural e branco de titânio. Da mesma forma, vou preenchendo os espaços onde a planta sobe sobre a parede já pintada.

segunda-feira, 24 de agosto de 2020

Finalização dos passarinhos


      Os passarinhos foram queimados e as cores agora aparecem em seu tom verdadeiro e brilhantes. No orifício  que tem abaixo pode ser posto um suporte de ferro para colocar nas floreiras, numa base de madeira ou simplesmente expostos no lugar que melhor agradar.

 

sexta-feira, 21 de agosto de 2020

Telhado e folhagem

 

 
 
 
       No telhado em primeiro plano  as cores são mais vívidas. Uso laranja de cádmio+ amarelo ocre, amarelo ocre puro e amarelo nápoles puro, porque as telhas não tem coloração parelha. Procuro pintar seguindo as fileiras de telhas, começando com a primeira mistura e vou mesclando as cores para ter uma base heterogênea para a pintura detalhada depois.
 
      Nesta tela, particularmente, começo as sombras pela parte de baixo das buganvílias da esquerda, mais afastadas.Uso azul ultramar + carmim de alizarina + amarelo ocre com branco de titânio, para preencher toda a área de maneira solta, sem me preocupar muito com os riscos do desenho, só buscando a unidade das formas.

    

     Antes de marcar as folhas, pinto o fundo do portão da garagem com um azul acinzentado feito com azul ultramar e amarelo ocre e um pouco de azul cobalto, com branco de titânio. A base das folhas é um verde escuro, que obtenho com azul ultramar +amarelo cádmio e um pouco de vermelho de cádmio com branco de titânio para apagar um pouco a cor. Uso pinceladas cruzadas, que cobrem melhor e alcançam todas as áreas. Não há problema se invadirem um pouco a região das sombras. Tudo vai ser
revisto depois.

quinta-feira, 20 de agosto de 2020

Moinho de Mykonos

 

 
     Este moinho foi modelado em 2008, baseado numa diminuta lembrança de viagem, para servir de luminária. Foi feito em duas peças, como se vê abaixo, para facilitar a colocação da lâmpada.
 
 





                                                
                                                                                   
     Anos mais tarde, resolvi confeccionar as pás, conforme o modelo original, em algodão, para que funcionasse com vento. 

 
 
      Nos clipes abaixo vê-se o resultado da peça;


 

quarta-feira, 19 de agosto de 2020

Continuando as fachadas

 

     A segunda casa tem um tom salmão característico das casas provençais e tentei reproduzi-lo com uma mistura de carmim de alizarina, amarelo ocre e uma pitada de azul ultramar clareada com branco de titânio. As tintas que uso são da marca Winsor e Newton, inglesas, e muitas vezes o tom difere um pouco das nacionais. Na parede lateral com sol, coloquei branco de titânio com um pouco da mistura an terior com mais amarelo ocre. Esta parte mais tarde vai ser meio recoberta com buganvílias.

 

     Para a sombra projetada pelo telhado, usei minha mistura de azul ultramar, carmim de alizarina e amarelo ocre. O pincel é chato, para poder se amoldar melhor às linhas retas.Infelizmente minha câmera tem um problema de instabilidade que espero poder resolver no futuro.